Diogo Carriço promete “viagem flutuante por várias paisagens” com o espetáculo audiovisual ‘Silhouette Nekropolis’
Diogo Carriço, natural de Rio Meão, regressa à terra natal com um espetáculo audiovisual inédito que introduz o seu disco de estreia ‘Silhouette Nekropolis’. Aos microfones da Sintonia, o artista, atualmente a residir na Holanda, promete uma “viagem flutuante por várias paisagens”, ao mesmo tempo em que alerta para as consequências das alterações climáticas nos recifes de coral.
O regresso de Diogo Carriço a Santa Maria da Feira coincide com o fecho de um ciclo de concertos que começou nos Países Baixos. Esta quarta-feira, pelas 21h30, o artista apresenta, no Cineteatro António Lamoso, um espetáculo audiovisual que serve de rampa de lançamento ao seu álbum de estreia “Silhouette Nekropolis”, ainda por lançar. Em entrevista à Rádio Sintonia, Diogo Carriço não esconde o entusiasmo de regressar à terra que o viu nascer com um concerto que promete surpreender. “É muito bom voltar a casa porque terei muitas pessoas que fazem parte da minha vida a assistir ao concerto e vão existir coisas que são novas, novidades que estou a guardar para este concerto e isso torna toda a experiência mais entusiasmante“, refere.
Aliando um piano minimalista à experimentação eletrónica, Diogo Carriço cria música entre o real, o virtual e o imaginário e promete, neste concerto imersivo, fazer “flutuar o público por paisagens sonoras“. O artista levantou o véu do espetáculo que traz à superfície “a história de vida onírica embora perturbante dos recifes de coral“, um ecossistema na eminência de ser perdido devido à crise climática. Através da música e com recurso à tecnologia, Diogo Carriço lança um alerta sobre as consequências das alterações climáticas nos recifes de coral. “Devido à subida de temperatura das águas do mar, causada pelas alterações climáticas, os recifes de coral sofrem um branqueamento. Aquilo que dá cor aos corais são as algas que vivem no seu corpo e esta questão da subida de temperatura faz com que os corais expulsem essas algas e se tornem brancos. E isso, por sua vez, faz com que percam a sua fonte de alimento, tornando-se em esculturas brancas que, se não recuperarem a tempo, se tornam esculturas rochosas e é daí que vem o título do álbum”, esclarece.
“A música é a forma que encontro para me expressar“, continua Diogo Carriço. Escolher os recifes de coral não foi por acaso. “Achei que os recifes de coral seriam um bom exemplo de história para um concerto, para um experiência audiovisual do início ao fim que passa por todas as fases da vida de um recife de coral com o objetivo de nos sensibilizar, através da música, do vídeo e da tecnologia“, explica. Os impactos das alterações climáticas no mundo não são um tema novo e, por isso, Diogo Carriço quer, através da música e da tecnologia, manter a mensagem presente. “Ouvimos tantas vezes falar em alterações climáticas que pode cair no esquecimento por ser tão repetitivo. Aquilo que tento fazer com o uso da música e da tecnologia, é uma forma nova de sensibilizar para essa problemática“, sublinha.
Diogo Carriço, que em 2019 venceu o prémio Jovens Criadores, atribuído pelo Centro Nacional de Cultura com o projeto ‘Aventuras com piano e eletrónica’, afirma que os últimos anos têm sido de crescimento, apesar da pandemia da Covid-19. “Ultimamente as coisas estão a recuperar, tive vários concertos, já fiz uma tour pela Holanda, o país onde resido, e sinto que as coisas estão a começar a crescer e que este disco será o meu primeiro grande passo para uma eventual futura carreira“, conta.
Mais dedicado ao projeto a solo e ao álbum de estreia, ainda sem data prevista de lançamento, Diogo Carriço aponta que, após o concerto, haverá uma pausa para recarregar energias para, de seguida, se focar no lançamento do primeiro disco.
No final da conversa com a Rádio Sintonia, o artista deixou o convite a todos para que assistam ao espetáculo, que promete sensações únicas. “Venham os curiosos por música aventureira, porque isto será um viajar por várias paisagens e será certamente diferente do que estão habituados, com projeções de vídeo que dissolvem a natureza em cores e textura. É uma experiência para ser sentida a flutuar“, remata.
Para conhecer mais sobre o percurso artístico de Diogo Carriço pode visitar a sua página.
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