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Sábado, Dezembro 7, 2024
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30 mãos cheias de estórias tricotam casaquinhos para meninas fogaceiras

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Projeto Ponto Fogaça envolve tricotadeiras das IPSS, que se têm dedicado a tricotar casaquinhos de lã branca que vão aquecer as meninas fogaceiras no dia 20 de janeiro. 

Celeste Teixeira tem 94 anos, Maria Sá Coelho, 89 anos, e Adelaide Veiga, 85 anos e nos últimos dias têm dedicado o seu já muito tempo disponível a tricotar casaquinhos de lã branca que vão aquecer as meninas fogaceiras no dia 20 de janeiro, na Festa das Fogaceiras, em Santa Maria da Feira. No total são 15 “jovens”, entre os 57 e os 94 anos, das valências de centro de dia e de lar de três IPSS do concelho de Santa Maria da Feira que abraçaram o projeto comunitário Ponto Fogaça.

 A Câmara Municipal de Santa Maria da Feira lançou o desafio a todas as IPSS do território para que os seus utentes se juntassem ao Ponto Fogaça. Um projeto comunitário que se dedica, desde a edição passada da Festa das Fogaceiras, a tricotar casaquinhos de lã brancos para as meninas fogaceiras, uniformizando o traje das 250 meninas que integram o cortejo cívico e a procissão no dia 20 de janeiro.

O Centro de Apoio Social de Mozelos, o Centro Social e Paroquial das Caldas de S. Jorge e O Abrigo – Centro de Solidariedade Social de S. João de Ver viram no Ponto Fogaça mais um projeto que agradaria a grande parte das utentes, reavivando as suas memórias, já que a maioria faz tricô desde os seus tempos de meninice.

Por detrás da ideia de envolver as instituições no projeto não estão, naturalmente, apenas os casacos. A Câmara da Feira pretende com esta ação contribuir também para um envelhecimento ativo e saudável, proporcionar novas atividades, amenizando, desta forma, alguns efeitos próprios do processo de envelhecimento, como a apatia e a desmotivação.

Numa visita recente às três instituições para conhecer as novas tricotadeiras, agradecer-lhes o empenho e ouvir simplesmente a história de vida de cada uma, Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira valorizou o projeto e vincou que “o envolvimento destas mulheres numa tradição que a todos os feirenses toca é geradora de mais convívio, de mais partilha, de ativação das dimensões socio-afetivas, motoras e cognitivas destas utentes”.

O número de casacos que as instituições vão entregar para esta edição da Festa das Fogaceiras é o menos relevante; importante é a vontade de participar destas 15 mulheres que, com mais ou menos agilidade nas suas mãos que transportam a história de uma vida, querem deixar a sua marca na tradição.

As 15 tricotadeiras das três IPSS do concelho, juntam-se às cerca de 40 da comunidade que, nesta segunda edição do Ponto Fogaça, continuam, de forma individual, a tricotar casaquinhos quentinhos de lã branca.

 

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