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Quinta-feira, Dezembro 5, 2024
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Florgrade sagra-se campeã de Aveiro e vai disputar os nacionais: “O sonho não tem limites”

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Caiu o pano no principal escalão do futebol aveirense, com a Florgrade a fazer história. Há quatro anos a disputar os campeonatos distritais, o emblema sagrou-se este domingo campeão da Divisão de Elite. A Sintonia acompanhou a festa em Águeda, marcada por uma “alegria indescritível” e onde se afirmou com convicção: “o sonho não tem limites”.

A vitória no reduto do Recreio Desportivo de Águeda, por 3-1, valeu à Florgrade o título de campeão distrital. O emblema que nasceu em Rio Meão e que recentemente se deslocalizou para Cortegaça conseguiu assim um feito inédito na sua curta história: a presença nos campeonatos nacionais.

O repórter Jorge Silva acompanhou os festejos em Águeda e ouviu os protagonistas da tarde, entre eles o timoneiro da equipa campeã. André Ribeiro sublinhou a dimensão desta conquista no seio de um projeto “recheado de bons profissionais“. “Muitas vezes fomos calcados ao longo da época, muitas vezes nos tiraram o valor que nós tínhamos e fomos a equipa mais competente e mais regular ao longo da época”, frisou o treinador, deixando elogios a Fábio Pais, técnico do União de Lamas, equipa que disputou o campeonato com a Florgrade até ao fim. “Ele dignificou e meteu este campeonato num nível competitivo elevado, o meu forte abraço para o Fábio, a sua primeira experiência enquanto treinador foi fantástica“, enalteceu.

André Ribeiro não esqueceu a família, como os pais e a mulher, Cláudia, a quem agradeceu todo o apoio e dedicou também a conquista. O timoneiro puxou a fita atrás para lembrar o duelo com o Estarreja, onde apelou, na flash interview, para que os responsáveis da Associação de Futebol de Aveiro vissem os jogos da Florgrade. “A verdade é que falei muito para dentro e nunca mais perdemos. Fomos competentes, este clube tem quatro anos de história e estar no nacional é algo fantástico”, sublinhou o treinador, que admite que os momentos mais difíceis do campeonato acabaram por servir de “motivação” a todo o coletivo. A finalizar, André Ribeiro lembrou Zé Carlos, capitão da equipa. “Acreditou neste projeto, dá a vida por este projeto, este campeonato é também para ele“, disse. Questionado se o futuro passa pela Florgrade e pelos nacionais, o técnico respondeu: “Agora vamos festejar”.

André Ribeiro, treinador da Florgrade

Alegria indescritível“. É assim que Zé Carlos, capitão da equipa, resume o desfecho da temporada. “Era um grande objetivo, um campeonato incrível, muito bem disputado, mas acho que fomos reconhecidos como melhor equipa“, apontou o jogador. E até onde pode ir o sonho da Florgrade? Para Zé Carlos, não há limites. “O sonho não pára, a Florgrade vai entrar em todos os jogos, seja em que divisão for, com o objetivo de vencer” afirmou. A arte de bem receber, o respeito pelo adversário, o futebol positivo e o “jogar sempre para ganhar” são valores intrínsecos do emblema, que após dois anos na Elite aveirense, conquistou a subida ao Campeonato de Portugal. Como diz o capitão, “o sonho não tem limites“.

Zé Carlos, Florgrade
Helder Castro, Florgrade
Fábio Vieira, Florgrade
Marco Sá, Florgrade
Marco Soares, Florgrade

Campeonato discutido até ao fim

A decisão do título foi discutida até à última jornada, destaca o presidente da Associação de Futebol de Aveiro. Não faltou competitividade ao campeonato, entende Neves Coelho, e as emoções do futebol aveirense ainda não terminaram. No próximo sábado, às 17h, há final da Taça de Aveiro entre União de Lamas e Lobão, seguindo-se depois a Supertaça.

José Neves Coelho, presidente da Associação de Futebol de Aveiro

Águeda aponta a mira à subida na próxima época

A festa do campeão fez-se em Águeda, na casa do emblema que terminou no último lugar na fase de apuramento de campeão. O presidente do clube, Rui Anjos, quer uma história diferente na próxima temporada. Em 2024, o Recreio Desportivo de Águeda atinge a marca do centenário e a direção quer devolver o emblema aos campeonatos nacionais.

Rui Anjos, presidente do RD Águeda

Campeonato já lá vai, foco está agora na Taça de Aveiro

Quem ficou, uma vez mais, às portas do Campeonato de Portugal foi o União de Lamas. Na última jornada, a turma lamacense goleou o Estarreja por 7-2, com um André Aranha endiabrado e a protagonizar um poker – que lhe vale o título de melhor marcador do campeonato. O triunfo, no entanto, de nada valeu, com a Florgrade a sair também vitoriosa no terreno do Águeda e a erguer o troféu de campeão. Aos microfones da Sintonia, o treinador Fábio Pais parabenizou a Florgrade pela conquista do título e assumiu as responsabilidades de não ter atingido o objetivo da época, num campeonato em que cada ponto valeu ouro. “Faltou-nos dois pontos. Empatámos um jogo que não devíamos ter empatado, nós sabemos disso“, resumiu. Ainda assim, o timoneiro realçou que o clube deve estar orgulhoso do trabalho desenvolvido, considerando que a equipa foi a que praticou “o futebol mais apelativo ao longo da época”.

Agora, o foco está na Taça de Aveiro, que se desenrola já no próximo sábado, às 17h, no Estádio Municipal de Aveiro e que vai opor a equipa de Santa Maria de Lamas ao Lobão, terceiro classificado. Fábio Pais lembra que o adversário tem “uma grande equipa“, mas ressalva que o conjunto que orienta tem “vontade de ser competitivo” na prova rainha do futebol aveirense.

Fábio Pais continua no comando técnico? “Não sei, não faço ideia“, responde. A decisão depende, em primeiro lugar, do clube e depois do próprio técnico, que afirma que não pensou nisso até ao momento. Para já, o foco é mesmo a Taça de Aveiro, no próximo sábado.

Fábio Pais, técnico do União de Lamas
André Aranha, União de Lamas

Perante a derrota pesada por 7-2, o treinador do Estarreja, Rui Valente, afirmou que o resultado é justo mas que “não condiz nada” com o que a equipa foi fazendo ao longo do campeonato. “Tivemos muitas partidas em que roçamos o brilhantismo, mesmo nesta fase de apuramento de campeão“, afirmou Rui Valente.

Rui Valente, técnico do Estarreja

Lobão fecha temporada no pódio: “Fizemos uma campanha tremenda”

Para o técnico, Miguel Oliveira, a conquista do terceiro lugar no campeonato SABSEG tem um sabor especial, sobretudo para o Lobão, que subiu esta temporada ao principal escalão do futebol aveirense. O triunfo magro perante a Ovarense, com golo do inevitável Everton, permitiu aos lobonenses terminarem a competição no pódio. A que sabe esta conquista? “Sabe bem, sabe mesmo muito bem“, responde Miguel Oliveira, que lembra uma época “muito difícil” e onde o Lobão atingiu o principal objetivo, a manutenção, ao carimbar presença na fase da subida. “Fizemos uma campanha tremenda“, classifica o timoneiro, apontando que o Lobão foi a única equipa que se intrometeu na luta pelo título disputada taco a taco entre Florgrade e União de Lamas.

A temporada, com saldo mais do que positivo, não finda aqui. Há final da Taça de Aveiro no próximo sábado e a turma orientada por Miguel Oliveira quer ficar na história do Lobão como a primeira a vencer a prova rainha do futebol aveirense.

Miguel Oliveira, técnico do Lobão

Do outro lado da margem, o treinador da Ovarense, Cajó, sublinha que toda a equipa se deve “sentir orgulhosa” pelo quarto lugar. O timoneiro destacou que o grupo que trabalho que orientou, muito jovem, conseguiu ombrear com adversários com outros argumentos. “Estou muito orgulhoso, estes jovens cresceram imenso, conseguimos jogar cara a cara com estas equipas e isso é fruto de muito trabalho e crescimento dos meus jogadores“, sublinhou Cajó, aos microfones da Sintonia.

Cajó, técnico da Ovarense

Na última jornada da fase de apuramento de campeão, o Fiães foi goleado por 7-0 pelo Fermentelos. A turma fianense fecha a temporada no sétimo lugar da classificação.

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