Fim à vista na divisão da cidade. Município vai desenvolver projeto de execução para a requalificação urbana da zona da Cruz

Fim à vista na divisão da cidade. Município vai desenvolver projeto de execução para a requalificação urbana da zona da Cruz

O Município e a IP celebraram recentemente um acordo de colaboração para o desenvolvimento do projeto de execução da requalificação urbana da zona da Cruz/Passionistas. Após a elaboração do projeto – deverá demorar cerca de um ano -, o município prevê avançar com a obra que põe fim à divisão da cidade, esperando, para isso, que o Governo apoie uma empreitada estimada em 12 milhões de euros.

A proposta apresentada pelo presidente da autarquia, Emídio Sousa, na reunião camarária de 31 de janeiro, é, segundo o autarca, “o culminar de um longo e difícil período de negociações com a IP“, que impeliu o município a suportar integralmente os custos do projeto de execução – que se estima na ordem dos 500 mil euros – como forma de acelerar o processo.

O autarca esclareceu que cabe agora à equipa técnica o desenvolvimento do projeto na sua globalidade, mas reiterou perante a vereação as ideias-chave que constam do estudo prévio: a execução de uma passagem desnivelada desde o nó da A1 até à saída para o Hospital de S. Sebastião, vulgarmente conhecida por túnel da Cruz, destinada ao trânsito de atravessamento; e a construção de duas rotundas, uma perto do Hotel Nova Cruz e outra junto ao monumento evocativo do centenário do CD Feirense, que permitirão ligar as duas zonas da cidade da Feira, separadas pela EN 223, e melhorar a fluidez do trânsito, sobretudo nas horas de ponta.

Emídio Sousa pretende ainda que uma terceira rotunda, planeada para a zona de Picalhos, e o centro coordenador de transportes de Santa Maria da Feira, que irá nascer junto aos Passionistas, sejam incluídos neste projeto de requalificação integrado, que será alvo de uma candidatura a fundos comunitários.

O autarca feirense estima que a concretização desta requalificação urbana represente um investimento total de 12 milhões de euros e adianta que, “olhando ao interesse no desenvolvimento e crescimento harmonioso da cidade”, a Câmara Municipal estará disponível para comparticipar até 30 por cento deste valor, mas esclarece que vai esgotar todas as possibilidades de financiamento, “em defesa dos direitos dos feirenses, que pagam os seus impostos e merecem que uma obra desta natureza seja suportada pelo Estado”.