939 920 920 geral@radiosintonia.pt
Quarta-feira, Fevereiro 5, 2025
AtualidadeCulturaDestaquesNotíciasRegistos

Banda de Arrifana sai à rua para desejar “boas festas” e estreitar laços com a comunidade

429visualizações

A Banda de Música de Arrifana inicia esta quarta-feira uma tradição antiga e crucial para a sua sustentabilidade. Até ao início de janeiro, a filarmónica vai palmilhar a freguesia e desejar “boas festas” à comunidade e, ao mesmo tempo, recolher fundos essenciais para a sua atividade. As Janeiras são também o mote para estreitar laços e conviver com a população, depois de um ano com saldo muito positivo, realça o maestro, Filipe Oliveira. 

O frio não vai impedir a Banda de Música de Arrifana de percorrer toda a freguesia entre hoje, 18 de dezembro, e o início de 2025. A tradicional atividade das janeiras inicia-se hoje, de forma simbólica, na Assembleia de Freguesia de Arrifana, e prolonga-se até ao arranque do próximo ano. O maestro da filarmónica, Filipe Oliveira, explica a importância desta iniciativa. “Nesta altura do inverno não existem festas ou romarias onde a banda possa angariar algumas verbas. As Janeiras, além de serem uma forma de estarmos mais próximos à população e de a brindarmos com algumas músicas de Natal, é uma forma de angariar algumas verbas, que são uma valente ajuda para suportar as despesas que existem nesta altura do ano“, confidencia aos microfones da Sintonia.

A tradição nesta filarmónica bicentenária é antiga e tem, pelo menos, décadas de existência. “Comecei na banda com nove anos e hoje tenho 43. Desde que me lembro, a banda sempre fez as Janeiras e já fazia antes de eu chegar“, recorda Filipe Oliveira. O cantar das Janeiras será feito todos os dias (de segunda a sábado), entre as 18h30 e as 21h, e aos domingos no período da manhã. A atividade conta com a participação de elementos de todas as idades.

 

Janeiras unem músicos em ambiente de convívio

A entrega dos músicos a esta atividade não é esquecida pelo maestro, que destaca que a banda consegue sempre reunir, em média, cerca de 15 a 20 elementos por serão. “A banda agradece, além de ser um trabalho, é uma forma de convívio, toda a gente gosta de cantar as Janeiras“, afirma. A chuva pode estragar os planos de algumas noites, admite o maestro, mas o frio não impede a banda de sair à rua. “Passados 10 ou 15 minutos já estamos bem quentes, além de caminharmos bastante, vamos tocar de porta em porta, por isso é um treino físico bastante grande“, aponta Filipe Oliveira.

A população conhece bem a tradição e já aguarda por este momento. “As pessoas estão à espera, já nos conhecem, sabem o trabalho que fazemos e isto é uma forma de nós agradecermos aquilo que fazem ao longo do ano connosco quando precisamos, de estarem presentes nos nossos concertos e atividades, é uma forma de agradecermos essa presença“, reitera o maestro.

 

2024: um ano de intensa atividade e que fechou com chave de ouro

Atualmente com 62 elementos, a Banda de Música de Arrifana tem motivos para sorrir ao olhar para o ano que está prestes a chegar ao fim. O maestro, Filipe Oliveira, destaca que 2024 foi de intensa atividade, com 21 serviços, e que culminou com duas atividades marcantes. A filarmónica marcou presença no desfile na Avenida da Liberdade, em Lisboa, a 1 de dezembro, nas comemorações do Dia da Restauração da Independência, e participou também no evento Filarmonia d’Ouro, uma iniciativa que juntou cinco bandas de vários pontos do país no Europarque. “Isto foi uma boa forma de encerrar uma época que correu muito bem, com muito trabalho, com boas prestações de toda a equipa“, afirma Filipe Oliveira, que desvenda que a direção já prepara 2025 e tem já um “calendário interessante“.

2024 ainda não chegou ao fim e há duas atividades que vão marcar o calendário da banda. A audição de Natal da Escola de Música, no próximo sábado, 21 de dezembro, onde a comunidade é convidada a comparecer, e um evento solidário na Universidade de Aveiro com a presença da Orquestra da Escola de Música e que reverte a favor do projeto Bisturi Humanitário, que se dedica a “recolher fundos para adquirir material médico para missões humanitárias fora do país”, esclarece Filipe Oliveira. “É uma forma de contribuirmos e mostrarmos que estamos solidários com toda a gente“, remata o maestro, que aproveita para desejar a todos um feliz Natal e boas entradas em 2025.

 

Leave a Response