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Rodrigo Nunes recandidata-se à presidência do Feirense. Construção do pavilhão é sonho que falta cumprir

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A construção de um pavilhão para as modalidades do Clube Desportivo Feirense é o principal motivo para Rodrigo Nunes assumir a recandidatura ao emblema fogaceiro. Eleito presidente pela primeira vez em 2001, o histórico dirigente quer concluir o projeto que iniciou ao nível das infraestruturas, construindo um ‘mega pavilhão’ que albergará sete campos para as modalidades do Feirense. Se for eleito, Rodrigo Nunes admite que dois anos poderão não ser suficientes para cumprir o sonho e abre a porta à continuidade por mais um mandato. Além da construção da estrutura, o homem forte do Feirense quer garantir a sua sustentabilidade antes de deixar o leme do clube.

Rodrigo Nunes, presidente do Clube Desportivo Feirense, em entrevista nos estúdios da Sintonia.

O atual presidente do Feirense anunciou esta quarta-feira, nos estúdios da Sintonia, a vontade de se recandidatar a mais um mandato à frente do emblema centenário. “Há uma obra que não está pronta, mesmo considerando que o complexo, aquilo que foi idealizado, está, que é um pavilhão para as modalidades“, começa por explicar Rodrigo Nunes. “As modalidades estão a praticar desporto em pavilhões cedidos pela Câmara Municipal, pelas escolas, não há uma concentração de atletas, os miúdos do andebol não conhecem os da natação ou do voleibol porque estão todos afastados“, refere o dirigente, que lembra uma promessa que fez e que quer ver cumprida antes de deixar os comandos do Feirense. “Há quatro anos, quando vendemos o Rafa e realizamos cerca de 2 milhões de euros com a venda, prometi em Assembleia Geral aos sócios e aos meus colegas que me acompanham nas modalidades que metade dessa verba seria para investir num pavilhão“, aponta.

A estrutura, que albergará, no fundo, “sete pavilhões”, “é uma obra de custo elevado” e Rodrigo Nunes espera poder “contar com o apoio da Câmara Municipal”. “É uma obra importantíssima para o Feirense, mas muito mais importante para a cidade e para o concelho. A Câmara Municipal tem por obrigação envolver-se neste projeto. Se os sócios me escolherem para continuar quero em dois anos fazer o pavilhão“, afirma, convicto.

Além de querer ver construído este pavilhão, Rodrigo Nunes diz que é preciso também trabalhar para a “rentabilidade” e “sustentabilidade” desta infraestrutura. Por isso, o dirigente reconhece que poderão ser necessários quatro anos ao leme do emblema para que o “sonho fique definitivamente concluído“. “Há um outro trabalho a fazer que não sei se consigo nos próximos dois anos. Estou quase como no meu terceiro mandato, em que me apresentei aos sócios para o terceiro e quarto mandato, não para dois mas para quatro anos. Até segunda-feira vou pensar se esta recandidatura será por dois ou quatro anos. Independentemente da obra e do custo que vai ter, temos outro problema a seguir, que é como é que vamos manter esta estrutura, como vamos manter a funcionar em pleno e esse trabalho também tem que ser feito“, diz.

O prazo para a apresentação das candidaturas à presidência do emblema centenário termina amanhã. Na próxima segunda-feira, em Assembleia Geral do clube, serão dadas a conhecer a(s) lista(s) que concorre(m) a este ato eleitoral. Nessa assembleia poderá também surgir a proposta da criação de uma comissão para estudar a alteração dos estatutos do clube, concretamente para dilatar o tempo de mandato, desvenda Rodrigo Nunes. “Estamos a pensar na próxima segunda-feira propor uma alteração dos estatutos e criar uma Comissão para fazer um estudo a essa alteração. Uma das premissas que queremos alterar é passar o mandato do Feirense de dois para quatro anos, no mínimo três, para se poder fazer um trabalho com mais tempo, mais ponderado“, afirma.

Numa entrevista de fundo nos estúdios da Sintonia, Rodrigo Nunes recuou no tempo e falou sobre o longo percurso enquanto dirigente do Feirense, um clube que tem “no coração” e ao qual se dedicou “de corpo e alma“. “Trabalho” e “rigor”, palavras que conhece bem desde criança, quando ajudava a mãe, gaspeadeira, e o pai, sapateiro, são também ensinamentos que o acompanham desde sempre e que procurou implementar no clube.

Caso os sócios queiram a sua continuidade, Rodrigo Nunes diz que dentro de dois ou quatro anos – uma decisão que está ainda a ponderar – estará na altura de deixar o leme do emblema e não tem dúvidas de que existem outros disponíveis para abraçar o cargo que ocupou nestes últimos 20 anos – à exceção do interregno entre 2012 e 2015. A saída não significa adeus, sublinha. “Nunca irei cortar os laços com o Feirense, estarei sempre disponível”, garante.

‘Se saísse amanhã da presidência do Feirense, qual acha que era o maior legado?’. A esta pergunta, durante a entrevista, Rodrigo Nunes respondeu que o ecletismo do emblema e o envolvimento que conseguiu criar com o concelho e a região são o seu maior legado. “O Feirense, quando entrei, tinha o futebol como modalidade e a ginástica isolada e muito superficial. Hoje temos 14 modalidades, 11 estão a competir diariamente. Hoje temos mais de um milhar de atletas. Quando cheguei, os miúdos para serem atletas do Feirense tinham de saber jogar à bola, só podiam ser jogadores do futebol. Hoje não, hoje qualquer miúda ou miúdo tem outras opções além do futebol, como o voleibol, o andebol ou o ciclismo. Considero que esse é um legado maior do que as infraestruturas. Conseguimos unir as pessoas ao Feirense, não só da cidade, mas de todo o concelho“, destaca, satisfeito.

A entrevista pode ser ouvida na íntegra aqui

Entrevista Rodrigo Nunes Parte 1
Entrevista Rodrigo Nunes Parte 2

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