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Em 2021, “o BasqueirArt é o prato principal” do Festival Basqueiral

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Susana Ferreira, Rui Canastro e Lígia Lebreiro nos estúdios da Sintonia

O Festival Basqueiral arrancou a 19 de junho e prolonga-se até 22 de agosto em Santa Maria de Lamas. Este ano, devido à pandemia, o segmento artístico do festival, o BasqueirArt, assume protagonismo extra e convida o público a refletir sobre a temática ambiental.

Em finais de maio, a Sintonia sentou-se com o Museu de Lamas, a Companhia Persona e a Basqueiro – Associação Cultural para sentir o pulso a este festival. Recuamos no tempo para conhecer a sua génese e deambulamos pelas edições até chegarmos a 2021. O presidente da Basqueiro, Rui Canastro, revelou que a “autonomia” que o BasqueirArt ganhou este ano em relação ao Basqueiral era uma ideia que já vinha de trás. “Acreditamos que o BasqueirArt pode oferecer outra experiência ao público, mais diversificada“, explicou. A pandemia, que em 2020 ditou o cancelamento do festival, levou a que em 2021, e com o apoio da DGArtes, o BasqueirArt se assumisse “como prato principal” até porque, como diz Rui Canastro, o “risco de ser cancelado seria menor”.

A programação do BasqueirArt sai “muito mais reforçada e diversificada” este ano e segue duas linhas, conta Rui Canastro. Por um lado adota uma temática – a sustentabilidade ambiental – que, por sua vez, procura “despertar consciências e o debate de ideias” no público. “[O ambiente] É um tema que tem de ser falado agora, se não for agora, quando será? Achamos que era o tema certo e o momento certo. Quase toda a programação anda a volta disso“, diz o presidente da Basqueiro.

E para refletir sobre o ambiente, está patente no Museu de Lamas a exposição do fotojornalista Mário Cruz, intitulada ‘Living Among What’s Left Behind’. Uma exposição “impactante”, como diz a diretora do Museu de Lamas, Susana Ferreira, e que convida o público a refletir sobre a sustentabilidade ambiental do planeta.

A Companhia Persona volta a estar presente no festival, com uma residência artística no Museu de Lamas que abriu uma chamada à comunidade. O objetivo é criar, com a população, uma peça multidisciplinar que será apresentada durante o festival. “O envolvimento da comunidade é muito importante“, diz Lígia Lebreiro, que aponta que a Companhia Persona tem procurado, nos últimos anos, envolver a população na criação artística. “Partimos de conhecer as pessoas, de perceber os inputs que nos podem trazer ao nível da performance, mas também ao nível das ideias. A partir daí construímos uma peça multidisciplinar“, afirma.

Para Lígia Lebreiro, o BasqueirArt “subiu um patamar” na edição de 2021.

A diretora do Museu de Lamas, Susana Ferreira, constata com satisfação o “ciclo de programação abrangente” que o festival proporciona até 22 de agosto, destacando a “assombrosa exposição” do fotojornalista Mário Cruz.

Cancelar a edição de 2020, devido à pandemia, foi uma enorme “frustração” para a Basqueiro.

O Basqueiral, um festival que tem vindo a crescer ao longo das últimas edições, nasceu, diz Rui Canastro, de “uma pequena loucura entre amigos“.

A comunidade, diz Rui Canastro, abraçou o festival desde a primeira hora. Na edição de 2021, há ainda sessões de cinema, uma extensão do Festival de Cinema Cine Eco.

Concertos, sessões de cinema, instalações artísticas, residências, espetáculos, uma exposição de fotografia, um mural de arte urbana e uma intervenção comunitária em mobiliário público fazem parte da programação deste ano do Festival Basqueiral, que se prolonga até 22 de agosto.

A entrevista com a Companhia Persona, Associação Basqueiro e Museu de Lamas decorreu no dia 27 de maio nos estúdios da Sintonia e pode ser ouvida na íntegra aqui.

Entrevista completa

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