Bombeiros Voluntários de Arrifana organizam Festival das Papas para angariar fundos

A iniciativa que tem como mote “Quanto mais papas, mais ajudas” está agendada para o próximo sábado, 15 de março, a partir das 19h no quartel dos Bombeiros Voluntários de Arrifana. O objetivo é angariar fundos para a corporação levar a cabo vários projetos, entre eles a requalificação das infraestruturas.
O Festival das Francesinhas é já uma tradição e agora os Bombeiros Voluntários de Arrifana preparam-se para lançar a 1ª edição do Festival das Papas. A ideia para este evento surgiu no rescaldo do último festival das francesinhas, conta o presidente da corporação, Lino Rocha, em entrevista à Sintonia. “Surgiu a ideia de uma cozinheira, a Celestinha, de fazer alguma coisa com papas e então aproveitamos a ideia e estamos a dar o corpo ao manifesto e no próximo dia 15 de março vamos avançar com a primeira edição do Festival das Papas“, explica. Para quem não é fã de papas de Sarrabulho, há outras opções na ementa adianta o comandante Ricardo Castro. “Temos como alternativa o caldo verde e as sandes de rojões“, descreve, apontando que a comunidade pode optar por comer no local ou pelo regime de take away.
A iniciativa tem um propósito: angariar verbas para a corporação, que tem em marcha vários projetos. “Projetos há bastantes, dinheiro é que não abunda, daí este tipo de iniciativas serem necessárias“, explica o presidente. “Com a prata da casa já iniciámos algumas obras de requalificação, estamos a criar uma nova sala da direção, estamos a implementar um novo arquivo, estamos a pensar criar uma cozinha de apoio aos eventos e vamos também fazer uma nova sala de fardamentos. Tudo isto resulta de uma ideia inicial que seria a reconversão da biblioteca. Inicialmente a ideia era colocar um piso novo na biblioteca, mas depois começamos a olhar para os espaços e resolvemos implementar todas estas situações“, esclarece Lino Rocha. “Tudo isto custa dinheiro, apesar da prata da casa e da mão de obra ser nossa é preciso adquirir materiais e certamente que com este tipo de iniciativas conseguimos alguma quantia“, acrescenta.
À semelhança do Festival das Francesinhas, o Festival das Papas só é possível graças ao trabalho e dedicação de muitos, desde elementos da direção, o próprio comandante, Ricardo Castro, bombeiros, voluntários e até elementos de outras associações que darão uma ajuda no evento. “Penso que este festival também vai ser um sucesso, não sabemos qual será a adesão, mas contamos que seja boa“, avança Lino Rocha, que agradece o empenho de todos. “Temos tido um bom feedback, temos tido uma boa aceitação da população aos eventos e quando se trata de bombeiros as pessoas ficam um bocado sensibilizadas para a causa. Aliás, já tenho recebido telefonemas de pessoas a perguntar em que moldes vai decorrer o evento e julgo que vai correr bem”, acrescenta Ricardo Castro.
Bombeiros a caminho do centenário e com muitos sonhos na mira
Em 2027, os Bombeiros Voluntários de Arrifana completam 100 anos ao serviço da comunidade e por isso a atual direção tem encetado esforços para melhorar as infraestruturas, a grande prioridade do ano de 2025. “Queremos ter um centenário com dignidade e isso passa pelos nossos espaços estarem bonitos e asseados“, declara Lino Rocha. A corporação tem recolhido orçamentos para realizar diversas obras de reabilitação, que vão desde à substituição integral de telhados em algumas zonas do edificado, a colocação de painéis sandwich em toda a fachada ou a resolução de problemas de infiltração. “É tudo muito caro e por isso vamos ter que ter jogo de cintura e imaginação para conseguirmos financiar estas obras“, aponta o presidente.
Os projetos não se ficam por aqui. Os Bombeiros Voluntários de Arrifana esperam, até junho, colocar um piso industrial no parque de viaturas antigos que, como lembra o presidente, é um “dos salões de visita” da corporação. Além disso, há outro sonho no horizonte e que deverá ganhar forma até ao final do ano: a criação de um museu dos Bombeiros Voluntários de Arrifana. Lino Rocha garante que há um espólio vastíssimo para mostrar à comunidade e afirma que há até coisas que “não merecem estar guardadas“, como é o caso de viaturas antigas da corporação.