Afonso Eulálio foi o segundo melhor jovem no Grande Prémio O Jogo
ABTF Betão-Feirense bateu-se pela vitória de etapas até ao último segundo da 11ª edição do Grande Prémio O Jogo.
A 11ª edição do Grande Prémio O Jogo/Leilosoc realizou-se entre os dias 22 e 25 de Abril, num total de 553,6 quilómetros. A ABTF Betão-Feirense bateu-se pela vitória em todas as etapas, terminando no Top 10 em quatro das cinco jornadas. Afonso Eulálio ficou a segundos da conquista da camisola da juventude, fechando no segundo lugar desta classificação. Quanto à classificação geral, Eulálio e Pedro Andrade terminaram no Top 20, em 17º e 18º respetivamente.
O Grande Prémio O Jogo começou em Barcelos e logo ao primeiro dia a ABTF Betão-Feirense podia ter chegado à vitória com Santi Mesa bem posicionado para lutar pela etapa. Contudo, acabou fechado por um adversário e impedido de disputar o sprint, terminando num frustrante 9º lugar.
Na segunda etapa disputou-se o contrarrelógio individual, em Pinhel, no qual Ivo Pinheiro pedalou o 13.º melhor tempo, subindo à mesma posição na classificação geral. Em termos coletivos, a prestação regular dos corredores fez com que a ABTF Betão-Feirense ascendesse ao quarto lugar por equipas. No mesmo dia, da parte da tarde, viveu-se mais uma etapa em linha, desta feita em Trancoso, que não correu de feição.
Na parte final desta terceira jornada, num momento em que a cabeça de corrida seguia a alta velocidade na aproximação à última contagem de montanha, uma ‘barragem’ inusitada por parte dos comissários a um grupo de ciclistas atrasados e sem qualquer interferência nas decisões da corrida impediu a viatura da equipa de poder dar auxílio mecânico por furo a Ivo Pinheiro, que era o melhor posicionado da equipa na geral. Este grave erro do colégio de comissários custou a Ivo uma perda de tempo irremediável e arrasou por completo as aspirações a um lugar de destaque na geral, assim como na classificação por equipas. Apesar destas adversidades, na entrada do último quilómetro Afonso Eulálio lançou um ataque tentando surpreender os adversários na exigente chegada, acabando em sétimo na meta.
Apesar de não ter nada a defender, a equipa correu ao ataque na quarta etapa, de Boticas, lançando Santi Mesa na fuga inicial. A cerca de 60 quilómetros para o final, na contagem de montanha de 2.ª categoria em Ribeira de Pena, António Carvalho atacou com Ivo Pinheiro para se juntar ao grupo da frente. Mesa e Carvalho impuseram um forte ritmo e alcançaram uma vantagem de 1m30s. No entanto, a equipa Efapel, substituindo a Glassdrive no controlo da corrida, encetou uma forte perseguição e a fuga foi alcançada a 12 quilómetros da meta, no início da montanha de 1.ª categoria em Torneiros. Afonso Eulálio, sempre com os melhores na dura subida, finalizou num excelente oitavo lugar.
Na quinta e derradeira etapa, disputada em Boticas, a ABTF Betão-Feirense partiu com o objectivo de chegar à vitória na classificação da montanha. Logo na primeira contagem do dia, ao quilómetro 18, culminando um excelente trabalho coletivo, Afonso Eulálio coroou em primeiro a subida de Capela e colocou-se a apenas um ponto da liderança. A equipa assumiu o comando do pelotão, encetando a perseguição a um grupo que se isolou a seguir à montanha. Foi reduzindo paulatinamente a diferença, que chegou a ser de 1m50s, e quando a fuga se encontrava a apenas 1 minuto um engano na cabeça do pelotão desorganizou a perseguição e fez perder preciosos segundos, que acabaram por ser fatais, não permitindo que a fuga fosse alcançada antes da segunda contagem de montanha do Alto da Lixa. Afonso Eulálio acabou em terceiro na geral da montanha, a apenas 1 ponto do primeiro lugar e com igualdade de pontos do segundo e quarto lugares. Curiosamente, o colégio de comissários colocou-o em quarto lugar, contrariando os regulamentos em mais um erro grosseiro.
“Esta prova deixa-me satisfeito com a prestação e desempenho da equipa no seu todo, mas também frustrado com os resultados finais. Os percalços surgem sempre numa prova de ciclismo, mas desta vez deu a sensação de andarmos sempre a remar contra a maré. No entanto, o mais importante é sentir esta equipa a crescer. Nota negativa para o colégio de comissários, com decisões que tiveram interferência negativa nos resultados da nossa equipa, decisões descabidas e dualidade de critérios gritantes“, realça o diretor desportivo da equipa, Joaquim Andrade.