“Os atores do Grupo Gólgota entregam-se de corpo e alma”
O grupo Gólgota, entidade que coordena a Semana Santa de Santa Maria da Feira, tem brilhado em vários palcos. A recriação histórica “Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém – ‘na cidade humana’” juntou milhares de pessoas nas ruas da cidade este domingo e as prestações do grupo no concurso ‘Duelos de Páscoa’ do programa Praça da Alegria da RTP são motivo de “orgulho”. Santa Maria da Feira disputa amanhã, dia 6 de abril, a final do concurso com o concelho de Amarante.
Com 32 anos de história, o grupo Gólgota tem motivos para sorrir. O grupo tem sido um dos representantes do concelho de Santa Maria da Feira no concurso ‘Duelos de Páscoa’ do programa Praça da Alegria da RTP, uma iniciativa que tem dado a conhecer a arte, a cultura e a gastronomia que se pode encontrar em todo o território nacional. Uma das chaves para o sucesso, avança o padre César Costa, coordenador do Grupo Gólgota, tem sido a capacidade de surpreender a cada prestação. “Temos procurado apresentar sempre algo novo e que cative o público, não só para meramente angariar o voto, mas acima de tudo para mostrar que de bom e bonito se faz em Santa Maria da Feira, desde a gastronomia até aqueles que são os eventos âncora da Semana Santa”, sublinha em entrevista à Sintonia.
“É um concurso que procura encontrar as melhores tradições de Páscoa do país”, afirma Filipe Dias, encenador do grupo Gólgota. O concelho de Santa Maria da Feira conseguiu passar duas eliminatórias e esta quinta-feira, dia 6 de abril, defronta o concelho de Amarante na finalíssima dos Duelos de Páscoa. Filipe Dias confessa que o duelo vai ser duro, mas realça que o concelho de Santa Maria da Feira é já um vencedor, por ter conseguido mostrar as várias potencialidades do território.
A 26ª edição da Semana Santa começou no dia 28 de fevereiro e termina a 29 de abril. O grupo Gólgota coordena a iniciativa, em parceria com a Paróquia de S. Nicolau da Feira, da Santa Casa da Misericórdia da Feira, do Município de Santa Maria da Feira. Aquela que é a maior edição no espaço e no tempo começou a ser preparada em novembro do ano passado. “Tem sido um desafio enorme, mas que me tem dado um gosto e, acima de tudo é um privilégio, sinto-me honrado porque os atores do Gólgota entregam-se de corpo e alma àquilo que é a representação“, declara Filipe Dias
No passado domingo, dia 2 de abril, o grupo Gólgota apresentou-se na Igreja Matriz com a recriação histórica da “Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém – ‘na cidade humana’”, que foi acompanhada por milhares de pessoas. “[Tivemos] muito público nas ruas, foram às centenas. Arrisco-me a dizer que foram milhares de pessoas que nos vieram assistir e, acima de tudo, nos vieram acompanhar”, sublinha Filipe Dias.
A caracterização das personagens são um elemento essencial nas recriações históricas protagonizadas pelo Grupo Gólgota, que também não esquece o rigor histórico. Filipe Dias adianta que, a cada edição, há sempre algo de novo para “surpreender o público”.
Na programação da Semana Santa, avizinham-se ainda duas recriações históricas levadas a cabo pelo Gólgota. Hoje, dia 5 de abril, no exterior do Museu Convento dos Loios, é encenada a “Última Ceia, Getsémani e Sinédrio”, pelas 21h30. Na próxima sexta-feira, dia 7, esperam-se milhares nas ruas para assistir à recriação da Via Sacra, que se inicia no Palácio da Justiça, pelas 21h30.
Fotos: DR