Confraria celebra duas décadas de “empenho e dedicação” na preservação e valorização da Fogaça da Feira
Joaquim Gonçalves e Elisabete Pinho estiveram nos estúdios da Sintonia a falar sobre a atividade da Confraria da Fogaça da Feira, que em setembro do ano passado inaugurou a nova sede, em Fornos. No mês da Festa das Fogaceiras, fomos conhecer em detalhe como têm sido os dois últimos anos desta entidade e perspetivar o seu futuro.
A pandemia da Covid-19 voltou a intrometer-se nos planos da Confraria da Fogaça da Feira, que teve de adiar o XV Capítulo, que se realizaria este sábado no Castelo da Feira. No ano passado, a coletividade cancelou o evento, mas este ano, explicou Elisabete Pinho, a intenção é levar o efeito o XV Capítulo numa altura em que a situação pandémica esteja mais favorável. “Já tínhamos marcado para 15 de janeiro, a prudência aconselhou-nos a adiar, mas não a cancelar porque parece-nos que cancelar outra vez é um pouco doloroso para a Confraria, haver outro ano em que não nos encontramos em festa“, apontou.
Nos estúdios da Sintonia, Joaquim Gonçalves e Elisabete Pinho destacaram a importância do cumprimento do voto ao mártir S. Sebastião este ano. “O voto naturalmente vai-se realizar este ano, nuns moldes mais restritos, mas o importante é que o voto se realize porque é o cumprimento de uma tradição secular praticamente ininterrupta e única no país“, afirmaram. O Cortejo Cívico, no dia 20 de janeiro, contará com a presença da Confraria da Fogaça da Feira. “A Confraria foi criando ao longo destes anos, fruto do trabalho das suas mestranças, uma imagem de seriedade, de empenho, de dedicação, de presença que é reconhecida hoje e até me parece simbólico que no Cortejo Cívico a única associação que vai com as meninas fogaceiras é a Confraria da Fogaça“, realçou Elisabete Pinho.
O ano de 2021 ficou marcado pela passagem de testemunho. Joaquim Gonçalves saiu da liderança da Confraria, dando lugar a Elisabete Pinho, confrade desde 2009. Ainda no ano passado, destaque para a inauguração da sede, em Fornos, no dia 12 de setembro, uma ambição antiga desta associação e que foi finalmente cumprida.
Depois de dois anos difíceis, a Confraria espera que a pandemia “dê tréguas” para que possa prosseguir com a sua missão: “O objetivo é que a Confraria continue a ser este ponto de encontro dos confrades, que crie a dinâmica da preservação, da conservação e da genuinidade da fogaça e da sua divulgação junto, não só das outras confrarias no país, mas também dos mais novos“.
Pode ouvir a entrevista na íntegra aqui.
