Sintonia de Ataque: “Desporto é Saúde” e campeonatos são para “ir até ao fim”, garante Arménio Pinho
O presidente da Associação de Futebol de Aveiro sublinha a máxima de que o “Desporto é Saúde” e assegura que os campeonatos são “para ir até ao fim”. No Sintonia de Ataque, Arménio Pinho abordou, entre outras questões, a restruturação no Campeonato SABSEG que já está em curso. Agora com 24 equipas, esta divisão terá apenas 20 na próxima época e 16 na temporada 2023/2024 com vista a criar um “campeonato mais competitivo e mais aguerrido”.
No primeiro Sintonia de Ataque do ano, Arménio Pinho, presidente da Associação de Futebol de Aveiro, foi o convidado especial, juntando-se nos estúdios aos craques de microfone Carlos Silva e Dinis Resende, e ao moderador Filipe Dias.
Arménio Pinho começou por lembrar os tempos “difíceis e diferentes” que o desporto aveirense tem vivido, para apontar que as experiências acumuladas nestes últimos dois anos dão também bagagem à AFA para “preparar o futuro e assumir com frontalidade que a época é para continuar“. Na primeira intervenção no programa, o dirigente destacou a inauguração da 1ª fase da Aldeia do Futebol, um momento que já tem trazido “uma atividade intensa à academia de talentos“. Esperando colher frutos a médio e longo prazo, Arménio Pinho destaque impactos imediatos desta estrutura, como a chamada de duas atletas do distrito – uma do Feirense e outra do Pampilhosa – à seleção nacional de futebol de sub-16, após uma participação no Torneio Interassociativo em Portalegre.
Carlos Silva, alinhado com o presidente da AFA, destacou que as exigências que derivam da pandemia são para cumprir. “Temos que estar preparados para isto, já lá vão dois anos e não é novidade para ninguém. As exigências são para cumprir“, afirmou, dando o exemplo do jogo entre União de Lamas e Paivense, que se vai realizar esta quarta-feira, pelas 19h30, no Estádio Comendador Henrique Amorim, com ambas as equipas a registarem casos de Covid-19.
Apesar do elevado número de contágios em todo o país, Dinis Resende regista que os portugueses estão hoje “muito mais bem preparados“, destacando a alta taxa de vacinação contra a Covid-19 como um dos trunfos. O comentador lamentou ainda “as penalizações” do futebol durante os últimos dois anos devido à pandemia da Covid-19.
Algumas associações optaram pela paragem, durante uma semana, das competições, mas não foi o caso da AFA. “Fomos das primeiras a suspender tudo e depois nunca mais nos deixaram recomeçar. Não podemos ser nós, outra vez, a dar o flanco de parar tudo, porque não sabemos se nos deixam levantar“, argumenta Arménio Pinho, lembrando que agora não há apoios do Governo para a área do Desporto. “O Governo não criou qualquer linha de apoio relativamente ao desporto, enquanto da outra vez houve layoff total e o fundo Apoiar”, acrescentou. “Sabemos que não é fácil, mas temos de olhar em frente“, afirmou.
Arménio Pinho defende que é preciso “levar as provas até ao fim“. “Tem de haver subidas e descidas, porque os campeonatos neste momento estão todos distorcidos. Há equipas a mais nos campeonatos superiores, tem de haver outra regra“, afirmou. O dirigente explicou que o SABSEG, atualmente com 24 equipas, passará a contar com apenas 20 no final da época e 16 na temporada seguinte. O objetivo, diz, é criar “um campeonato mais competitivo e mais renhido“.
Carlos Silva lembra que as jornadas em atraso devem ser cumpridas o mais rapidamente possível. “É fundamental que não se deixe para o fim estas jornadas em atraso, em prol da verdade desportiva“, afirma. Arménio Pinho diz que regulamento é para cumprir, “para bem dos clubes“, e lembra que é este o documento que “defende os clubes e a AFA”.
Arménio Pinho explica a orientação 36, que orienta as normas da prática desportiva. Não é necessário testar as equipas e apenas o público dos campeonatos seniores é obrigado a apresentar teste negativo à Covid-19 ou certificado digital de recuperação. A norma expirou a 2 de janeiro, explica o dirigente, mas mantém-se esta orientação até novas ordens.
Perto do fim da 1º fase do SABSEG, Dinis Resende coloca uma questão pertinente. Aguardando ainda a AFA novas orientações (que poderão restringir ou não a atividade desportiva), o comentador afirma que, nesta altura da competição, os jogos deveriam ser todos à mesma hora e no mesmo dia para “salvaguardar a verdade desportiva“, algo que pode não ser possível caso existam mais partidas adiadas devido a surtos de Covid-19. Arménio Pinho afirma que ainda há “folga“, mas admite que esse cenário pode vir a surgir. “Se isto se perdurar no tempo, pode acontecer uma situação dessas e nessa altura teremos de decidir, é uma questão pertinente“, diz.
Campeonato de “muita incerteza nos resultados”
“Tem sido um campeonato de muita incerteza nos resultados“, afirma Arménio Pinho, o que atesta a competitividade da Divisão de Elite.
“Vai ser muito mais renhida a fase dos últimos do que a dos primeiros“, prevê Carlos Silva.
Dinis Resende comenta também a competitividade do campeonato SABSEG.
Dinis Resende questiona Arménio Pinho sobre como está a decorrer o projeto de sub-22.
AFA volta a realizar congresso internacional no último fim de semana de junho, num formato misto – digital e presencial. Arménio Pinho aponta que 300 pessoas se inscreveram para os cursos de treinador da AFA este ano para dizer que é “a associação de longe no país que mais cursos de treinador faz“. O dirigente termina com o anúncio da realização de uma cerimónia, a 15 de janeiro, na Aldeia de Futebol, presidida por Fernando Gomes e onde estarão presentes cerca de 60 clubes certificados como entidades formadoras. Objetivo, diz Arménio Pinho, é “destacar o feito destes clubes“.
O programa Sintonia de Ataque dedicado aos campeonatos da Associação de Futebol de Aveiro pode ser ouvido na íntegra aqui.