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Quinta-feira, Novembro 6, 2025
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Amadeu Albergaria promete governar com “humildade democrática” e abertura a contributos

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Amadeu Albergaria sublinha a importância da estabilidade governativa, da responsabilidade democrática e de um debate político feito com respeito. Na tomada de posse, o autarca afirmou que a maioria conquistada “não será nunca um sinal de arrogância”, garantindo “uma ponte para o diálogo e uma abertura a ideias diferentes”. O edil traçou como prioridade “trabalhar por um concelho entusiasmante, que cria oportunidades para quem aqui vive e para quem aqui quer viver”.

O Município de Santa Maria da Feira deu início, a 30 de outubro, no Europarque, a um novo ciclo autárquico com a cerimónia de instalação dos órgãos para o mandato 2025–2029.

Na sua intervenção de tomada de posse, Amadeu Albergaria afirmou que este momento representa “o início de um novo ciclo de trabalho e de compromisso com Santa Maria da Feira e com os feirenses”, sublinhando que a maioria absoluta agora alcançada não será usada como sinal de superioridade, mas como garantia de responsabilidade e estabilidade, prometendo assumir o cargo com “humildade democrática e com total responsabilidade“.

A maioria conquistada não será nunca um sinal de arrogância. Será uma ponte para o diálogo e uma abertura a ideias diferentes. Sobre propostas e contributos não existem linhas vermelhas — só existem linhas vermelhas para a calúnia, a insinuação e a desinformação”, declarou Amadeu Albergaria.

O autarca reforçou ainda o sentido de serviço público e o compromisso pessoal com o concelho. Não me move o poder pelo poder. […] O meu propósito é trabalhar por Santa Maria da Feira e pela sua população”, sublinhou.

Dedicando palavras de reconhecimento ao seu antecessor, Emídio Sousa, agora a exercer funções nacionais, Albergaria agradeceu o percurso conjunto: Reconheço o trabalho que desenvolveu e o caminho que percorremos juntos ao serviço da nossa terra”.

Prioridades definidas para o novo mandato

Perante uma plateia composta por autarcas, dirigentes associativos, representantes de instituições, entidades civis, militares e religiosas, o presidente da Câmara destacou as áreas estratégicas que irão orientar os próximos quatro anos: Saúde, Educação, Desenvolvimento económico, Habitação, Ação social, Cultura, Ambiente, Juventude e Desporto.

Assumiu também que o programa de governação resulta de um processo participativo envolvendo cidadãos, associações e setores económicos. É um programa realista, ancorado nas preocupações dos feirenses, financeiramente sustentável e que nos coloca perante o maior ciclo de investimento em infraestruturas da história do concelho”, disse.

Albergaria descreveu Santa Maria da Feira como um “concelho entusiasmante”, que cresce em população, atrai investimento e mantém um forte dinamismo social, cultural e económico. O presidente concluiu com uma mensagem de mobilização e responsabilidade coletiva. “Nada se faz sozinho. Aqui estou, com a minha equipa, com os 28 presidentes de Junta, com os eleitos da Assembleia Municipal e com os 140 mil feirenses que dão sentido à nossa ação. Entusiasmo não é deslumbramento. É trabalho, rigor e transparência”, finalizou.

PSD com maioria, Chega entra para o executivo

No executivo camarário, o PSD mantém os sete mandatos. O executivo é liderado por Amadeu Albergaria, acompanhado pelos vereadores social democratas Mário Jorge Reis, Sónia Azevedo, Paulo Marcelo, Beatriz Silva, Vítor Marques e Ana Ozório. O órgão autárquico conta ainda com os vereadores do PS, Márcio Correia, Sérgio Cirino e Manuela Alves, e o vereador eleito pelo Chega, Luís Santos.

“A liberdade de expressão não pode ser confundida com o direito à ofensa”

Na sessão, foi igualmente instalada a nova Assembleia Municipal, agora presidida por Adelina Portela, que sucede a Cristina Tenreiro. No discurso, a nova presidente da Assembleia Municipal destacou o papel de fiscalização deste órgão autárquico perante a atividade do executivo, mas lembrou também que a liberdade de expressão não pode ser exercida sem limites. “A liberdade, seja ela de expressão ou outra, um dos pilares da democracia, não pode ser confundida com o direito à ofensa ou com a ausência de limites éticos e jurídicos e muito menos é sinónimo de impunidade ou ausência de responsabilidade”, declarou.

Adelina Portela assumiu o compromisso de assegurar o prestígio e a dignidade da Assembleia Municipal, garantindo “o cumprimento rigoroso da lei, a imparcialidade dos trabalhos e do respeito mútuo entre todos os seus membros”.

Esta presidência será pautada por uma gestão assente nos princípios da transparência, legalidade e equidade, promovendo um ambiente de diálogo sereno, construtivo e respeitador das diferenças políticas e ideológicas“, realçou Adelina Portela.

A autarca deixou ainda outra garantia: “Comprometo-me igualdade a garantir que as decisões da Assembleia Municipal se orientem sempre pela defesa do interesse público municipal, pela valorização da cidadania ativa e pelo aprofundamento da democracia local”.

Quatro forças políticas compõem Assembleia Municipal

A Assembleia Municipal, face ao último mandato, sofre alterações na composição política. O PSD reforça a sua presença, com 18 mandatos, o PS desce para 10 deputados, o Chega aumenta de um para quatro os deputados municipais e a Iniciativa Liberal mantém o deputado único. Fora deste órgão estão CDS, CDU e Bloco de Esquerda, que nas autárquicas de 2021 tinham eleito um representante cada.

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