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Quarta-feira, Abril 30, 2025
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Bruno Monteiro e João Paulo Santos protagonizam recital na Igreja da Misericórdia

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O violinista Bruno Monteiro volta a apresentar-se em recital com o pianista João Paulo Santos em Santa Maria da Feira pela Academia de Música no próximo sábado, 3 de maio, às 17 horas, no auditório da Igreja da Misericórdia de Santa Maria da Feira. 

O concerto resulta de uma parceria entre a Academia de Música de Santa Maria da Feira e a Santa Casa da Misericórdia de Santa Maria da Feira. Os dois músicos regressam ao auditório da Igreja da Misericórdia para um recital dedicado às duas sonatas de violino e piano de Sergei Prokofieff. Obras-primas do século XX para esta formação, são partituras contrastantes entre elas: a primeira sonata, de caráter abstrato e combativo, justapõe-se com o lirismo e virtuosismo da 2ª.

O concerto será comentado pelo pianista João Paulo Santos, inserindo o público no contexto musical, histórico e social do autor destas suas duas partituras. A entrada para o concerto é livre, mas limitada à lotação do espaço.

Bruno Monteiro, Violino

Bruno Monteiro é um dos músicos clássicos portugueses mais destacados da atualidade. Lidera, há mais de 25 anos, uma intensa atividade concertística em recital, como solista com orquestra e em música de câmara. Atuou já nas mais importantes salas de concerto e festivais de música em Portugal.

No estrangeiro, tem atuado por toda a Europa, nos Estados Unidos, Médio Oriente, África e Ásia, tocando em prestigiadas salas como o Palácio Cibeles e a Casa de America de Madrid, a Musikverein de Viena, o Centro Cultural de Bucareste, o Bulgaria Hall e o Grande Auditório Pancho Vladigerov em Sofia, no Vaticano em Roma, na Filarmonia de Kiev, no Felicja Blumenthal International Music Festival em Telavive, no Kennedy Center de Washington D.C e no Carnegie Hall de Nova Iorque, entre muitas outras.

No domínio do recital, apresenta-se há mais de 20 anos com João Paulo Santos. Solou com numerosas orquestras como a English Chamber Orchestra, Orquestra Sinfónica de Palma de Maiorca, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra do Norte e a Orquestra Filarmonia das Beiras.

A sua discografia de inclui mais de uma dúzia de álbuns, elogiados e galardoados pela imprensa mundial especializada. O seu album, 20th Century and Forward, foi recentemente nomeado para Melhor CD do Ano, na categoria de Música de Câmara, pelos International Classical Music Awards 2025 (ICMA). Bruno Monteiro estreou-se publicamente em recital aos 13 anos de idade no Teatro S. Luís e no Teatro Rivoli e aos 14 como solista com orquestra no Teatro Nacional de São Carlos.

Cursou posteriormente a Manhattan School of Music de Nova Iorque como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Centro Nacional de Cultura e aperfeiçoou-se em seguida em Chicago com o célebre violinista Israelita Shmuel Ashkenasi com bolsas do Ministério da Cultura e da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

É ainda professor de violino na Academia de Música de Santa Maria da Feira.

João Paulo Santos, Piano

Nascido em Lisboa em 1959, o pianista João Paulo Santos diplomou-se no Conservatório Nacional desta cidade. Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, completou os estudos em Paris com Aldo Ciccolini (1979-1984). Durante as últimas quatro décadas tem trabalhado no Teatro Nacional de São Carlos, teatro de ópera de Lisboa, primeiro como maestro principal do coro, e agora como Director de Estudos Musicais, Director Musical de Cena e de coordenador da Comissão Artística.

Artisticamente, tem-se distinguido como maestro de ópera, pianista e investigador de repertório menos conhecido, se não mesmo esquecido, de compositores portugueses. Dirigiu óperas diversas, de Menotti a Sondheim, e dirigiu estreias portuguesas de obras de Henze, Hindemith, Hosokawa, Martin e Stravinsky, sendo-lhe atribuído o Prémio Acarte 2000 pela direcção de The English Cat de Henze.

Tem sido convidado a dirigir estreias de obras orquestrais ou operáticas de Eurico Carrapatoso, António Chagas Rosa, Clotilde Rosa e António Pinho Vargas. Descobriu e reviu as partituras para execução prática das óperas Serrana e Dona Branca de Alfredo Keil, bem como Lauriane e O Espadachim do Outeiro de Augusto Machado.

Em 2018, numa produção conjunta entre o São Carlos e a Imprensa Nacional – Casa da Moeda, começou a publicar uma colecção de partituras de música vocal portuguesa, do século XVIII ao XX, sob o título “Património Lírico Português”. Em 2019 dirigiu, no São Carlos, L’Étoile de Chabrier.

Como pianista, tem-se apresentado como solista ou como pianista acompanhador dos mais proeminentes cantores, bem como em grupos de câmara, destacando-se os duos com o violinista Bruno Monteiro e com a violoncelista Irene Lima.

A sua discografia inclui repertório diversificado, desde as canções do “Le Chat Noir” até às obras clássicas de Liszt, Martinů, Poulenc, Saint-Saëns, Satie, Schulhoff e Szymanowski, incluindo, dentre outros, os compositores portugueses António Fragoso, Luiz de Freitas Branco e Jorge Peixinho.

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