Diretora da Acesso Cultura Maria Vlachou fala sobre Arte, Deficiência e Gestão Cultural
O ICC – Imaginarius Centro de Criação, em Santa Maria da Feira, promove, dia 8 de março, uma ação de capacitação sobre “Arte, Deficiência e Gestão Cultural”, dinamizada por Maria Vlachou, diretora-executiva da Acesso Cultura, associação cultural sem fins lucrativos que promove o acesso físico, social e intelectual aos espaços culturais e à oferta cultural.
Agendado para todo o dia de sexta-feira (das 9h30 às 17h00), o encontro destina-se a profissionais das áreas de Gestão Cultural, Produção, Programação, Mediação Cultural, Direção Artística, Comunicação e demais interessados no tema. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia em www.imaginarius.pt/centro-de-criacao/marco/.
Maria Vlachou sublinha que, nos últimos anos, em Portugal, tem sido dada especial atenção ao acesso das pessoas com deficiência à oferta cultural. “Com a implementação de serviços de interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP), audiodescrição (AD) ou sessões descontraídas (SD), vários (mas ainda poucos) espaços culturais e artistas procuram criar condições de acesso para que pessoas com necessidades específicas, bem os seus familiares e amigos, possam usufruir juntos da oferta cultural”, refere.
A responsável pela Acesso Cultura alerta para outro aspeto, “com menor expressão ainda em Portugal”, que toca a inclusão de pessoas com deficiência nas equipas dos espaços culturais ou na sua programação como artistas.
“Estas questões estão interligadas: ter acesso a um espaço cultural e à sua oferta, conhecer, usufruir e talvez considerar uma carreira nessa área”, enfatiza Maria Vlachou, que vem ao ICC falar sobre as diferentes dimensões do trabalho de uma organização cultural. “Quando a inclusão e a diversidade são vistas de uma forma mais holística, surgem múltiplas e diversas oportunidades criativas”, reforça.
A ação de capacitação “Arte, Deficiência e Cultura” integra o novo ciclo de programação regular do Imaginarius Centro de Criação que, até dezembro, promove 21 iniciativas que envolvem artistas e criadores, agentes culturais e profissionais do setor, bem como diferentes públicos.
Convertido num centro de residência artística especializado em artes de rua e circo contemporâneo há cerca de sete anos, o edifício do antigo matadouro municipal é hoje um espaço cheio de vida, aberto à comunidade feirense e ao mundo, que dispõe de uma rede organizada de profissionais do setor cultural e artístico para apoio e acompanhamento dos processos criativos e divulgação dos projetos criados em residência.
Em 2024, o Município de Santa Maria da Feira mantém e reforça a ligação do ICC às diferentes comunidades, através de um novo modelo de programação regular e eclética, que se estende ao longo de todo o ano.
