Sintonia de Ataque: “Todas as semanas temos uma luta grande para garantir árbitros em todos os jogos”
António Costa, presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Aveiro, foi o convidado especial do Sintonia de Ataque desta semana, juntando-se a Carlos Silva, Dinis Resende e Luís Belinha nos estúdios da Sintonia.
A arbitragem nas competições da Associação de Futebol de Aveiro (AFA) foi o tema central do programa desta semana. António Costa faz um balanço “globalmente positivo” da atual temporada.
Assegurar árbitros em todas as partidas “tem sido tudo menos fácil“, reconhece António Costa. “Todas as semanas temos uma luta grande para garantir árbitros em todos os jogos, sobretudo na formação“, afirma.
“A vida de um árbitro neste momento não é nada fácil e muitas pessoas pensam que se esgota no fim de semana e não é verdade“, ressalva o presidente do Conselho de Arbitragem da AFA.
A pandemia da Covid-19 trouxe impactos negativos para arbitragem, reconhece António Costa. “A pandemia ajudou a destruir um bocadinho a arbitragem a nível nacional em termos de números. Nós temos esse problema, que nos obriga a lutar diariamente“, aponta o responsável, destacando que “a qualidade [da arbitragem] também se reflete pela falta de quantidade“.
É fácil ser árbitro em Aveiro? António Costa responde:
Carlos Silva comenta o panorama atual da arbitragem da Associação de Futebol de Aveiro, dando nota positiva ao trabalho que tem vindo a ser realizado.
Dinis Resende aponta que é necessário uma reflexão que permita à AFA projetar árbitros para outros patamares e captar novos talentos.
“Acho que o problema da arbitragem é um problema cultural. A maneira como se comunica a arbitragem também não é a mais correta nem a que devíamos ter em Portugal“, atira Luís Belinha.
António Costa concorda com Luís Belinha.
Assinalando melhorias nas condições de treino dos árbitros, António Costa aponta que, ainda assim, há dificuldades e lembra o futsal, onde as “assimetrias são maiores” por só existir um centro de treinos em S. João da Madeira.
Carlos Silva e Dinis Resende analisam o duelo entre União de Lamas e Beira-Mar, que terminou com uma vitória do líder por 2-0. Carlos Silva aponta que a turma lamacense “não se precaveu para um pormenor em que o Beira-Mar é fortíssimo“: as bolas paradas.
“O Lamas tem equipa para mais“, diz Carlos Silva.
Luís Belinha comenta o empate a uma bola entre Florgrade e Estarreja. “Olhando para os 90 minutos, não é um resultado que se ajusta, mas se olharmos para os últimos 30 minutos, o Estarreja fez por merecer o empate“, afirma.
O programa Sintonia de Ataque, moderado por Filipe Dias, está disponível na íntegra aqui. Na próxima semana, dia 18 de abril, os craques de microfone voltam a reunir-se para falar sobre a Taça de Aveiro, mas também sobre o campeonato, que sofre agora uma paragem de uma semana antes do arranque da 2ª volta.