PS defende transmissão das reuniões de Câmara para “promover a participação e a transparência”
Foi uma das recomendações levada pelo PS à Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira desta terça-feira. A deputada Susana Correia defendeu que a transmissão das reuniões de Câmara e a disponibilização posterior das mesmas incentiva a participação dos cidadãos e a transparência. Emídio Sousa diz que transmissões implicam “investimentos que a Câmara não tem disponíveis”
Para a deputada socialista, “a melhoria da qualidade dos serviços prestados por parte do município passa também pela forma como é permitido aos munícipes acompanhar a atividade do município“. Susana Correia entende, por isso, que reduzir a possibilidade de acompanhamento das reuniões de Câmara, que se realizam às segundas-feiras, às 14h30, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, ao modelo presencial “não é modernidade, não é prestar serviços de qualidade e não é promover a participação e a transparência“.
A socialista deu exemplos de concelhos vizinhos, que procedem à transmissão das sessões e as disponibilizam posteriormente, para reforçar a ideia. “Não perceber isto é ignorar a importância deste serviço aos cidadãos e menorizar o papel dos feirenses no acompanhamento dos assuntos debatidos nas reuniões de Câmara“, argumentou.
“Não queremos que o executivo da Câmara Municipal tenha algum receio com a possibilidade das reuniões serem transmitidas e serem acessíveis aos feirenses. Não queremos que seja um travão à participação e à tomada de conhecimento por parte dos cidadãos e portanto solicitamos que o executivo PSD desta Câmara avalie a mais-valia e o acrescento de valor na transmissão em direto das reuniões e estas estarem disponíveis aos feirenses sempre que necessário”
Susana Correia, deputada do PS na Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira
“Transmissão televisiva implica investimentos que a Câmara não tem disponíveis”
O presidente da Câmara Municipal destacou que sempre que a reuniões se realizam por videoconferência são transmitidas e acrescentou que a transmissão das sessões presenciais obrigam “à contratação de serviços de audiovisual que a Câmara neste momento não tem e que implicam um custo elevado”.
Emídio Sousa descartou qualquer “receio” quanto às transmissões, argumentando que todas as reuniões, “ao contrário do país“, são públicas. “Em todas as reuniões de Câmara está presente a comunicação social, não há nada a esconder. Nem sequer há uma reunião privativa. Quem quiser assistir, assiste“, reforçou.
O autarca sublinhou ainda que as atas, onde constam as deliberações do executivo, são públicas e podem ser lidas no site do município.
“Relativamente à transparência, ao conhecimento do que se passa, à abertura à comunicação social, à abertura a qualquer pessoa que queira assistir à reunião de Câmara, não há nada comprometido. A transmissão televisiva implica investimentos que a Câmara neste momento não tem disponíveis, teria de contratar pessoas e serviços”.
Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira