Aos 36 anos, a Juventude de Sanguedo continua a ser “uma casa para os jovens”
A Juventude de Sanguedo celebrou recentemente, a 5 de julho, 36 anos ao serviço da comunidade. A Sintonia sentou-se com Pedro Silva e Nuno Santos, que destacam um percurso feito “ao serviço da comunidade” e, sobretudo, junto das gerações mais novas. Como prenda de aniversário, os dirigentes pedem “mais juventude” para a coletividade.
A Juventude de Sanguedo nasceu a 5 de julho de 1985, como recorda Pedro Silva, que há 20 anos lidera os destinos desta coletividade. “Foi uma associação que nasceu num tempo bom, num tempo em que havia mais vontade do que há hoje para fazer as coisas e em que não havia tanta oferta“, lembra o dirigente. As primeiras atividades desta associação foram a escola de música e o ténis de mesa, mas existem muitas outras que deixaram marcos na história de Sanguedo, como as passagens de ano, as festas de Carnaval ou até as corridas de carrinhos de rolamentos, que ainda hoje se realizam. Pedro Silva evidencia, orgulhoso, que muitos músicos se formaram na Juventude de Sanguedo ao longo destes 36 anos.
Hoje, os tempos são outros. “Estamos a viver uma conjuntura complicada em que as coisas não são fáceis para ninguém“, reconhece Pedro Silva, ressalvando, contudo, que “não se pode baixar os braços“. E há vários projetos na calha. A Juventude de Sanguedo vai levar às escolas a história de Fernão Magalhães, associando-se à celebração do quinto centenário da primeira viagem de circum-navegação. “Será um projeto inclusivo onde será explicado às crianças a história de Fernão Magalhães”, explica Nuno Santos, acrescentando que haverá tradução em Língua Gestual Portuguesa e teatro à mistura.
Outro dos projetos propõe levar, também às escolas, a tradição dos carrinhos de rolamentos. “Vamos explicar esta tradição, o porquê de Sanguedo ser a capital da fórmula Roll. Teremos um carro em kit para as crianças montarem“, revela Pedro Silva, que espera, em dezembro, retomar a tradição que no ano passado não se cumpriu devido à pandemia. “Estamos a trabalhar nisso“, adianta, acrescentando que a secção de teatro também está a trabalhar para levar novos espetáculos ao palco.
“Temos uma associação que nasceu para servir a sociedade, para servir o público de Sanguedo, para servir Santa Maria da Feira. Continuar o bom trabalho que tem sido feito é difícil, mas é algo que tem de ser feito“, sublinha Nuno Santos, que nas próximas eleições da coletividade deverá assumir o leme da Juventude de Sanguedo.
Aos 36 anos, que prenda pede esta coletividade? Pedro Silva responde: “O que é preciso mesmo é matéria humana. A prenda ideal da Juventude de Sanguedo é ter cada vez mais jovens”.
Pode ouvir a entrevista na íntegra aqui.