BE entende que “há violações de cláusulas por parte da Indaqua” que permitem “romper o contrato”. Numa nota de imprensa enviada no Dia Mundial da Água, que se celebrou esta segunda-feira, o Bloco de Esquerda defendeu também “uma auditoria aos titulares de cargos públicos que assinaram este contrato”. O partido considera que “há um conjunto de matérias suficientes para o Ministério Público investigar este mesmo contrato que tem uma duração de 50 anos”.
O BE destaca, em comunicado, que a “concessão tem dado maus resultados à população do concelho”, apontando que, em 2018, o concelho “ocupava o 9º lugar no ranking das águas mais caras do país”. “Nesse mesmo ano, 14 dos primeiros 15 lugares eram ocupados por municípios onde a gestão da água é privada. A norte, as 3 águas mais caras estão sob gestão da Indaqua”, acrescentam os bloquistas, que referem ainda que, segundo dados mais recentes, “Santa Maria da Feira tem água mais cara no Distrito de Aveiro”.
O BE acusa o PSD de Santa Maria da Feira “ser conivente” com um contrato que considera ser “ruinoso para o erário público”. “O executivo liderado por Emídio Sousa sempre que confrontado pelo Bloco de Esquerda sobre este assunto, dá a sensação que foi eleito pela Indaqua e não pelos habitantes de Santa Maria da Feira”, frisa o BE, que considera que basta “vontade política” para romper o contrato, já que “há violações de cláusulas por parte da Indaqua”.
Na nota de imprensa, o BE destaca ainda, que já propôs, na Assembleia Municipal, a criação da Tarifa Social da Água, que “ajudaria cerca de 9 mil famílias mais carenciadas no município”