Encontro de Antiguidades Populares dá vida a costumes e tradições de outros tempos

O pátio do Arquivo Municipal de Santa Maria da Feira transforma-se, este sábado à noite, num palco que dá vida aos costumes e tradições de outros tempos. O Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira organiza o XXII Encontro de Antiguidades Populares, um evento que traz ao concelho grupos de diferentes regiões que prometem mostrar a diversidade cultural do país.
A Associação Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira organiza no próximo sábado, 28 de junho, o XXII Encontro de Antiguidades Populares. O evento vai realizar-se na alameda do Arquivo Municipal, a partir das 21h30, e conta com a presença de cinco grupos de diferentes regiões. “Cada grupo traz as tradições próprias da sua região e com música e dança próprias, o que torna o espetáculo muito enriquecedor. Esperamos que possa ser uma noite agradável de cultura popular e onde as pessoas possam aproveitar para conhecer um pouco melhor as suas raízes“, afirma o fundador e presidente do grupo, Alberto Gilde, em entrevista à Rádio Sintonia.
A iniciativa arranca este sábado, às 21h30, e conta com a atuação do grupo anfitrião – Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira, o Rancho Folclórico Os Camponeses de Malpique (Constância), o Rancho Folclórico de Vila Nova de Tazem (Gouveia), o Rancho Folclórico Vale do Lis Barreiros (Leiria) e o Grupo Folclórico Lavradeiras da Trofa.
Grupo resiste à mudança dos tempos para preservar costumes e tradições
O Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira mantém-se empenhado em preservar e promover o folclore, mas Alberto Gilde admite que a tarefa não é fácil. “As coisas estão cada vez mais complicadas, mesmo os agrupamentos desta natureza estão com dificuldades cada vez maiores em ter pessoal, as gerações mais novas não querem nada com o folclore“, lamenta o dirigente.
Olhando para dentro do próprio grupo, Alberto Gilde reconhece que a coletividade já viveu tempos melhores e que é a persistência dos seus elementos que mantém o grupo no ativo. “De momento, o grupo vai resistindo, só que gente jovem não temos. Temos dois elementos mais pequenos, com 10,12 anos, temos um elemento com 14 ou 15 anos, temos alguns jovens com 30 anos e o resto é tudo dos 40, 50 anos para cima. Infelizmente não temos perspetivas de termos mais jovens a entrar, mas enquanto vamos tendo estes elementos, vai dando para aguentar”, refere. Se em tempos o grupo chegou a ter mais de 50 elementos no ativo, depois da pandemia da Covid-19 “ficou reduzido a uma média de 35 pessoas“.
Alberto Gilde garante que, enquanto puder, o grupo vai continuar a preservar e a promover as raízes, tradições e costumes da região. “Acho que as pessoas devem aproveitar a noite de sábado, é sempre um serão agradável e a variedade de músicas e danças e a beleza dos trajes de cada região tornam este encontro um espetáculo diferente“, remata.