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Terça-feira, Março 4, 2025
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Santa Maria da Feira é o palco da “festa mundial da ornitologia” até domingo

72º Campeonato do Mundo de Ornitologia realiza-se até domingo no Europarque
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Canários, periquitos, papagaios, araras… a lista de aves que é possível ver e conhecer no Europarque até domingo parece não ter fim. São mais de 21 mil que competem no Campeonato do Mundo de Ornitologia, que regressa a Santa Maria da Feira para cumprir a 72º edição. O último mundial, realizado em 2001 em solo fogaceiro, ainda está bem vivo na memória de muitos. O presidente da Federação Ornitológica Portuguesa, Carlos Râmoa, apelida essa edição como “o mundial do coração” e espera que o sucesso se repita em 2025. 

Na memória de muitos amantes de ornitologia, permanece bem viva a última edição do Campeonato do Mundo em Santa Maria da Feira, realizada em 2001. A competição regressa entre esta sexta-feira e domingo ao Europarque com mais de 21 mil aves e a presença de mais de 40 países, num certame que promete ser “a festa mundial da ornitologia“.

O mundial de Santa Maria da Feira foi o mundial do coração”

O presidente da Federação Ornitológica Portuguesa, Carlos Râmoa, puxa a fita atrás aos microfones da Sintonia para lembrar a edição de 2001, que representou o regresso da competição a solo português, mais de 30 anos depois. “O mundial de Santa Maria da Feira foi o mundial do coração, porque esse mundial de 2021 representou para nós um regresso. Portugal organizou o primeiro mundial, em 1957, e depois fez mais duas edições em Lisboa, mas depois passaram 31 anos desde 1970 até 2001 sem realizar um mundial“, recorda o também presidente da Confederação Ornitológica Mundial (COM). “Foi um mundial muito difícil de organizar, mas foi um mundial de muito sucesso, de grande confraternização para a família ornitológica mundial e portanto tenho a certeza que algumas pessoas que regressarão a Santa Maria da Feira se recordarão com muito carinho desse ano de 2001“, acrescenta Carlos Râmoa.

Na edição de 2025, estão oficialmente inscritas 21 mil e 300 aves oriundas de mais de 20 países. Ao todo, são cerca de 2.800 criadores de toda a Europa que estão em solo feirense a competir por títulos mundiais. O evento tem contado com o forte envolvimento do Clube Ornitológico de Rio Meão, o único no concelho de Santa Maria da Feira. Para a coletividade, o regresso da competição a Santa Maria da Feira é motivo de “enorme orgulho“, como realça o presidente, Cândido Sousa. “É um sonho antigo, era algo que desejávamos há muito, que a competição regressasse a Santa Maria da Feira. Esteve cá em 2001, depois fizeram-se outras edições na Exponor e era para nós um desejo muito grande que regressasse ao concelho, porque temos condições fantásticas para que isso acontecesse“, revela Cândido Sousa. Várias entidades uniram esforços – Clube Ornitológico de Rio Meão, município, Feira Viva e Zoo de Lourosa – e o sonho tornou-se realidade.

O Europarque é o palco da competição mundial e o diretor geral da Feira Viva, Paulo Sérgio Pais, destaca que o equipamento “tem todas as condições” para acolher o campeonato. “No norte não há nenhuma infraestrutura como o Europarque. Vamos ter o Europarque plenamente ocupado pelo mundial, o único espaço que não será ocupado é o grande auditório. Estamos a falar de três pavilhões, cada um com dois mil e quinhentos metros quadrados“, sublinha o responsável. “O mundial tinha de ser em Santa Maria da Feira, tinha de ser no Europarque e tinha de ser na terra do Zoo de Lourosa, o único parque ornitológico do país“, acrescenta Paulo Sérgio Pais.

 

Canários de canto também entram na competição

Até domingo, o Europarque é o palco do maior encontro ornitológico do mundo e Cândido Sousa descreve o que será possível ver e conhecer no certame. “Vamos ter muitas espécies de aves, algumas que os criadores nunca viram e que não veem habitualmente em Portugal em concursos. Há várias raças de pássaros que vêm e que não são criadas em Portugal, e as pessoas têm a oportunidade de ver desde canários de cor com diversas mutações e que não se veem em Portugal, canários de porte, pássaros exóticos de todos os continentes, psitacídeos de grande porte e também canários de canto“, elenca.

Carlos Râmoa não tem dúvidas de que a competição, no Europarque, será um sucesso e deixa o convite. “Venham ao Europarque de 24 a 26 de janeiro, tenho a certeza que vão gostar da experiência, vão poder ver muita diversidade, muita cor, muita alegria, vão poder conhecer pessoas com várias experiências, de diversos países, que falam línguas diferentes mas que se entendem numa linguagem única. O mundial é a festa da ornitologia mundial, é a festa de todos aqueles que amam esta atividade e penso que o público geral também vai apreciar muitíssimo“, assegura.

A celebração da diversidade animal e a valorização da educação ambiental são os motes do evento que, entre os dias 24 e 26 de janeiro, vai promover um encontro de culturas, idiomas e tradições na Cidade dos Eventos.

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