Exposição “Revolução e Mulheres” assinala 50 anos de luta pela igualdade

O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) assinala os 50 anos do Ano Internacional da Mulher com um conjunto de iniciativas que celebram as conquistas femininas e refletem sobre os desafios ainda persistentes na luta pela igualdade de género. Entre as ações, destaca-se a exposição “Revolução e Mulheres”, inaugurada a 1 de março e patente até ao final do mês, no Museu de Santa Maria de Lamas.
Composta por duas secções, a exposição oferece uma viagem pela história das mulheres em Portugal. A primeira secção, “Os direitos das mulheres antes e depois de Abril“, é uma mostra multimédia que explora as conquistas e lutas das mulheres ao longo dos tempos, destacando as transformações ocorridas após a Revolução de Abril.
Inclui o poema “Revolução e Mulheres“, de Maria Velho da Costa, que dá nome à exposição e homenageia uma das três Marias, ilustrando o papel das mulheres na Revolução e na construção de uma sociedade mais justa.
A segunda secção, “Maria Lamas – Uma mulher de Abril“, é dedicada a uma das figuras mais importantes na luta pelos direitos das mulheres em Portugal. Através de documentos e um filme, a exposição presta homenagem à Maria Lamas, presidente honorária do MDM, e à sua contribuição para a defesa dos direitos femininos.
A inauguração contou com a presença de Manuela Silva, da Direção Nacional do MDM, que explicou o conteúdo e o propósito da exposição, destacando a “importância de dar continuidade à luta contra as desigualdades de género”.
Além da visita à exposição, o programa do MDM inclui um desfile nacional no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, e a apresentação de um manifesto assinado por mais de 50 mulheres notáveis do distrito aveirense, apresentado em conferência de imprensa a 21 de fevereiro, na Biblioteca Municipal de Aveiro.
No dia 28 de março, também no Museu de Santa Maria de Lamas, decorrerá um debate sobre os direitos das mulheres, complementado com um momento de animação cultural.
O MDM reforça a importância da participação ativa das mulheres na defesa dos seus direitos, lembrando que, 50 anos depois, ainda persistem desigualdades, discriminações e desafios que exigem uma ação coletiva e firme.