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O ator e performer Rui Paixão está de regresso ao Imaginarius – Festival internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira, o primeiro palco que abriu portas ao artista feirense para o mundo das artes performativas, catapultando-o para a consagrada companhia mundial Cirque du Soleil.
Muitos terão bem presente na memória a figura de Cão à Chuva, o palhaço de cara pintada de branco, cabeça rapada e tufos de cabelo verde, que surpreendeu o público no Imaginarius de 2015 e acabaria por ser considerado artista revelação, com passaporte para outros festivais internacionais congéneres.
Rui Paixão regressa agora ao Imaginarius, não como intérprete, mas criador e encenador da performance “Final Girl”, interpretada a solo pela performer e bailarina Rina Marques, que viu aprovada a sua candidatura à Chamada de Apoio à Criação Local.
Com uma linguagem muito própria, “Final Girl” cruza o clown, o teatro e a dança, evidenciando o lado “ultra-expressionista” de Rui Paixão, num solo para o feminino, “fresco, intenso, ritmado”, com uma mensagem implícita para cada um descobrir, como explica a intérprete.
Nesta criação, Rina Marques sai da sua zona de conforto para entrar no universo de Rui Paixão, que há muito queria experimentar no seu próprio corpo, através de movimentos intensos, fisicamente exigentes, expressões faciais marcantes, às quais não estava habituada, e até mesmo cantar.
O processo criativo termina em maio, com a terceira residência artística a realizar em Santa Maria da Feira a poucos dias do festival, que “invade” ruas e praças entre os dias 22 e 25, no centro histórico e área envolvente.
Sempre às voltas pelo país e pelo mundo, é com “amor” que Rui Paixão continua a falar de Santa Maria da Feira, a terra onde nasceu e cresceu, onde vive atualmente e onde continua a criar, como aconteceu nos últimos dias, no Imaginarius Centro de Criação.
“Em Santa Maria da Feira há espaço para sermos quem verdadeiramente queremos ser”, frisa o criador, que continua a sentir-se atraído por “uma terra que olha para a cultura como um lugar essencial”.
Até à sua participação na abertura do mais antigo festival de França, o icónico Festival d’Avignon, a realizar em julho, Rui Paixão vai continuar a sua digressão nacional com o espetáculo de teatro e circo “Furo Lento” e a criar, sempre com Santa Maria da Feira no radar, como destino de regresso a casa.