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Quinta-feira, Novembro 21, 2024
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Queima do Velho cumpre-se pela 20ª vez em Sanguedo

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O Rancho Santa Eulália de Sanguedo organiza, na próxima terça-feira, dia de Carnaval, a XX edição da Queima do Velho, onde vai estrear o espetáculo “O Medo da Peste”, a cargo da secção de teatro “Os Medievos”. A iniciativa tem forte tradição na freguesia e pretende “passar às gerações atuais e futuras um bocadinho do que era a vivência do Carnaval e os costumes dos antepassados”.  A coletividade, que no ano passado registou a maior adesão de sempre, tem expectativas elevadas para a edição de 2024. 
É já uma tradição do Rancho Folclórico Santa Eulália de Sanguedo. Na próxima terça-feira, 13 de fevereiro, a coletividade leva a efeito, na Praça do Eleito Local, pelas 21h, a XX Queima do Velho, onde será apresentado o espetáculo “O Medo da Peste“. Jorge Silva, secretário da coletividade, sublinha que a atividade é já “uma tradição na freguesia e no concelho” e que a edição de 2024 terá em cena “um espetáculo único“, protagonizado pelo grupo “Os Medievos”.
O espetáculo deste ano é “baseado na peste negra que abalou o país, o mundo e também a nossa região“, explica Jorge Silva. “É assim que dois pobres escravos do reino, contagiados pela peste, para muitos naquele tempo, amaldiçoados pelo demónio, são condenados à fogueira, o castigo máximo daquela época“, refere o dirigente, deixando o convite a toda a comunidade para participar.

Na 19ª edição, que marcou o regresso da iniciativa após a pandemia da Covid-19, registou-se “o maior número de público de sempre“, destaca Jorge Silva, com a população a “aderir em massa”. O histórico leva o Rancho Folclórico Santa Eulália de Sanguedo a ter altas expectativas quanto à 20ª edição.

 

Queima do Velho acontece, “faça chuva ou faça sol”

 

E se chover? Jorge Silva afirma que essa é sempre uma dor de cabeça para o evento. A peça de teatro, que se realiza ao ar livre, será adiada para data a definir, mas a Queima do Velho mantém-se, “faça chuva ou faça sol”.

E que tradição é esta da Queima do Velho? Jorge Silva responde ao desafio e explica que se trata de recriar uma tradição antiga. “A comunidade juntava-se em vários lugares da freguesia, junto de uma fogueira, e reuniam-se para fazer bonecos com palha e produtos que já não serviam para nada, como tecidos velhos. Era um momento de convívio, que proporcionava a união e um ambiente de festa para as pessoas“, afirma. Recuperando essa tradição, o Rancho Folclórico Santa Eulália de Sanguedo adicionou-lhe o espetáculo teatral, que acontece desde 2013, altura em que a secção Os Medievos foi criada. “Procuramos juntar esta recriação em que a comunidade se juntava, aliando a histórias verídicas, essencialmente do país e muito focadas na região“, afirma. É o caso do espetáculo deste ano, que recupera os momentos difíceis que a região atravessou quando foi assolada pela peste negra.

Além da Queima do Velho, o Rancho Folclórico Santa Eulália de Sanguedo dinamiza na segunda-feira, dia 12 de fevereiro, um baile de máscaras intitulado “Noite Carnavalesca“. A iniciativa arranca às 21h30 e não faltam atrativos, desvenda Jorge Silva. O objetivo é juntar a comunidade e envolvê-la na “alegria e animação” característica desta época de folia.

 

 

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