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Sábado, Novembro 23, 2024
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André Cardoso sagrou-se rei da montanha do GP Douro Internacional

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 André Cardoso sagrou-se rei da montanha do 2.º GP Douro Internacional

A 2.ª edição do Grande Prémio do Douro Internacional percorreu 417,2 quilómetros em quatro dias, passando pelas vilas de Tabuaço, Armamar, Resende e o grande final na cidade de Lamego. Num terreno diariamente montanhoso, onde as temperaturas acima dos 40ºC aumentaram a dificuldade da prova, a ABTF Betão-FEIRENSE foi protagonista de uma forte exibição no plano coletivo, que culminou na conquista da camisola azul da montanha pelo trepador André Cardoso, que se destacou igualmente no plano individual ao fechar a prova no 7.º lugar da classificação geral. Miguel Carvalho destacou-se em 10.º na classificação da juventude e o coletivo ABTF Betão-FEIRENSE fechou em 8.º por equipas.

A equipa feirense começou o Grande Prémio de forma bastante positiva com André Cardoso a ser terceiro na meta em Tabuaço e líder da montanha no final da primeira etapa, na qual foram pedalados 117,7 quilómetros. O momento decisivo da jornada deu-se antes da última montanha do dia, uma primeira categoria localizada a 7,1 quilómetros para o final, quando o corredor da ABTF Betão-FEIRENSE ficou na frente juntamente com os dois primeiros classificados da jornada, Bruno Silva (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados) e Ricardo Vilela (W52-FC Porto). Nos derradeiros metros Bruno Silva ganhou uma curta vantagem, alcançando a vitória por 3 segundos sobre Ricardo Vilela e a 9 segundos de André Cardoso.

Na segunda etapa, o desempenho do coletivo da ABTF Betão-FEIRENSE voltou a ser irrepreensível, com o grupo a assumir as despesas da corrida nos 20 quilómetros finais para tentar novamente a vitória de etapa com André Cardoso. O trepador da equipa feirense repetiu em Armamar o terceiro lugar no final da jornada de 122,6 quilómetros, subindo a segundo na classificação geral e defendendo a liderança da camisola da montanha. A vitória ficou nos pedais de José Neves (W52-FC Porto), que vestiu a camisola amarela.

Ao terceiro dia disputou-se o contra-relógio individual de 29,1 quilómetros. Em Resende, o líder da ABTF Betão-FEIRENSE, André Cardoso pedalou o 16.º melhor tempo do dia, gastando mais 1m26s do que o vencedor António Carvalho (Glassdrive-Q8-Anicolor), que fez o melhor tempo com 45m05s, a uma média de 38,728 km/h. José Neves (W52-FC Porto) manteve a camisola amarela e André Cardoso desceu à quarta posição na geral, a 1m21s, sem alteração na sua liderança da camisola da montanha.

Na derradeira jornada foram pedalados 148 quilómetros, em circuito, na cidade de Lamego. Venceslau Fernandes integrou a fuga do dia, que tomou a frente da corrida com 30 quilómetros pedalados. Uma fuga que chegou a ter 15 elementos, mas foi perdendo corredores à passagem dos quilómetros, acabando por ser alcançada à entrada para a última das cinco voltas, a 32 quilómetros para o final, e com o corredor da ABTF Betão-FEIRENSE a ser um dos mais resistentes. Seguiu-se uma nova fuga, desta feita em solitário, por parte de César Fonte (Kelly-Simoldes-UDO), que foi aumentando a vantagem para o pelotão ao longo dos últimos quilómetros, acabando por triunfar em solitário. Venceslau Fernandes foi o primeiro corredor feirense a cruzar a meta em 12.º, seguindo-se André Cardoso no 21.º lugar.

André Cardoso valorizou o trabalho dos companheiros de equipa na obtenção da camisola azul de rei da montanha: “A camisola da montanha é um prémio não só para mim, mas para toda a equipa por todo o trabalho que realizaram ao longo destes quatro dias. O objetivo inicial, tanto na primeira como na segunda etapa, passava por vencer a etapa e vestir a camisola amarela. A camisola da montanha veio por acréscimo. Depois do contrarrelógio e com uma etapa como a de hoje, dura, com 3000 metros de acumulado e uma subida final que não dá para fazer grandes diferenças para as minhas características, que sou um trepador puro, dissemos que era bom assegurar a camisola azul, visto que estava dentro do nosso alcance e assim o fizemos. Toda a equipa fez um excelente trabalho. Na parte final, o Venceslau Fernandes foi uma peça fundamental. Era o nosso homem na fuga e depois controlou os homens que iam fugidos para que eu pudesse sprintar à última montanha e garantir assim a camisola. Têm que estar todos orgulhosos, porque fizeram um excelente trabalho.

O diretor desportivo, Joaquim Andrade, sublinhou o bom desempenho coletivo e individual dos seus corredores: “Foi mais uma corrida positiva e mais um passo para o nosso grande objetivo, que é ter uma equipa que possa estar sempre na discussão das vitórias. Sabemos que é difícil vencer, mas queremos estar sempre na luta e esta foi, talvez, a nossa melhor corrida. Tanto individualmente como no coletivo funcionámos de forma perfeita e o André Cardoso acabou por ser um dos grandes protagonistas da corrida, conseguindo conquistar uma camisola importante. Acima de tudo, a minha grande satisfação foi ver o empenho de todos para conseguirmos levar os nossos objetivos em diante. A nível de classificação geral foi um resultado positivo. Podia ter sido melhor, mas tivemos que nos focar na manutenção desta camisola da montanha, o que acabou por nos tirar um pouco de força em alguns momentos difíceis da corrida. Agora é recuperar e encarar a próxima competição.”

Fotos: Igor Martins / Global Imagens)

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