José Neves Coelho e Arménio Pinho no último Sintonia de Ataque da temporada: Época 2021/2022 em análise e as perspetivas para o próximo ano desportivo
O rescaldo da época 2021/2022, a antevisão da próxima temporada e do modelo competitivo na Divisão de Elite e a formação foram temas em destaque no programa Sintonia de Ataque, moderado por Filipe Dias.
José Neves Coelho, presidente da Associação de Futebol de Aveiro, e Arménio Pinho, dirigente da Federação Portuguesa de Futebol e ex-presidente da AFA, foram os convidados especiais do último Sintonia de Ataque da temporada, que contou ainda com a presença de Carlos Silva, Dinis Resende e Rodrigo Nunes.
José Neves Coelho e a ligação à arbitragem, um percurso que começou em França…
A renovação de árbitros em Aveiro… “Houve necessidade de ir ao mercado angariar novos árbitros. Fomos buscar jovens que estão a crescer e a desempenhar o seu papel da melhor forma“, realça.
“Cada vez é mais difícil encontrarmos pessoas disponíveis para o dirigismo“, constata Neves Coelho.
Arménio Pinho descreve a ligação ao dirigismo e à AFA e aborda os novos projetos que abraçou na Federação Portuguesa de Futebol.
Carlos Silva destaca percurso de Neves Coelho e Arménio Pinho: “Duas personalidades do futebol aveirense“.
Dinis Resende entra na conversa…
Arménio Pinho faz rescaldo da temporada transata: “Época foi muito dura pela quantidade de descidas“.
José Neves Coelho destaca “partilha e diálogo permanente com os clubes” numa temporada em “contexto difícil”. O dirigente realça ainda que a AFA tem “66 clubes certificados”.
Rodrigo Nunes destaca fácil relacionamento com a AFA: “Há um entrave, ou quando existe um problema, temos logo gente disponível para colaborar”.
Carlos Silva questiona: “São adeptos deste modelo? Acham que as equipas da zona norte e sul estão em plano de igualdade para disputar o campeonato?“
Pergunta de Dinis Resende: “O modelo de competição reflete a verdade desportiva nas próximas épocas?”
Rodrigo Nunes alerta: “Está-se a proliferar pelo distrito equipas satélites dos clubes grandes e isso não faz sentido”.
José Neves Coelho responde a Rodrigo Nunes: “É um problema que se arrasta há muito tempo. Cada vez mais temos dificuldades em impedir que estas coisas aconteçam“. Arménio Pinho acrescenta: “Não concordo com clubes travestidos de outros”.
Campeonato SABSEG disputa-se, na temporada 2023/2024, numa série única e com 18 equipas
E quanto ao modelo competitivo da Elite? José Neves Coelho responde que houve diálogo com os clubes e cedências e explica o porquê de o campeonato não ser disputado a uma só série já na próxima temporada. “Independentemente de o modelo ser o mais ajustado ou não, confrontei-os com uma situação: Para jogarmos como queriam, numa só série, começávamos em finais de agosto, terminávamos no final de junho e se calhar não conseguíamos fazer a Taça. Será que todos os clubes estão preparados para isso? Daí a razão de dizermos que é necessário reduzir os clubes. Da forma como vamos jogar, é menos mês e meio de competição e mês e meio no orçamento de alguns clubes é impensável“, explicou.
O presidente da AFA realçou que houve cedências por parte do organismo que tutela o futebol aveirense. Na próxima época, o campeonato será disputado em duas séries – norte e sul. As primeiras quatro equipas de cada zona disputam depois a subida de divisão, com metade dos pontos, enquanto que as restantes lutam pela manutenção numa série e sem divisão pontos. “Fomos ao encontro, em parte, do que os clubes queriam. Era muito violento passar já no próximo ano a 16 equipas. A conjuntura continua a ser muito preocupante e então descemos a fasquia e passamos para 18, isto é, o próximo campeonato, em 23/24, será disputado numa série única com 18 equipas”, acrescentou.
Carlos Silva e Dinis Resende voltam a intervir…
Arménio Pinho destaca que modelo é transitório e necessário “por causa de dois anos de pandemia em que só houve subidas”.
Pode ouvir o programa na íntegra aqui.