Rodrigo Barros: “Aquilo que me faz escrever é poder saborear o silêncio que consigo conquistar depois”

Rodrigo Barros, natural de Escapães, lançou recentemente o seu segundo livro de poesia, intitulado ‘Eu Nu Plural’. A nova obra do escritor, também autor do livro ‘Sentido(s) Inverso(s), é o ponto de partida da entrevista nos estúdios da Sintonia.

Rodrigo Barros enveredou pelo mundo da poesia “para escrever canções” para o projeto musical Rua do Barro Branco, que “começou a ganhar forma em 2011″, mas hoje, criar poemas é sinónimo “urgência” que, depois, se traduz num espírito de quietude e tranquilidade. “Aquilo que me faz escrever é poder saborear o silêncio que consigo conquistar depois de escrever. No fundo é isso, depois de escrever há um silêncio que é indescritível, andamos ali com algumas inquietações e é incrível como tudo fica mais calmo, mais claro depois de deitar cá para fora”, realça aos microfones da Sintonia. “É uma espécie de necessidade, comecei por escrever poesia para escrever canções, mas hoje é mais uma necessidade, quase fisiológica, porque a cabeça fica tranquila depois de se escrever“, acrescenta.

O escritor, que já tinha lançado em 2012 o livro ‘Sentido(s) Inverso(s), apresentou recentemente a segunda obra poética ‘Eu Nu Plural’. “Neste livro o autor partilha o percurso dos dias em que foi afetado positiva e negativamente pelo que se poderá designar por fatores externos, nomeadamente, seus amores e desamores perfeitos“, pode ler-se na contracapa da obra.

Para o escritor, todos os poemas têm música à espera de ser extraída. “A música já está nos poemas, qualquer poema que está escrito tem música e depois nós temos ou não a capacidade de a extrair. Já fiz canções com coisas que outras pessoas escreveram e as pessoas perguntam: Como é que conseguiste fazer isto? E eu respondo: Não fiz nada, só consegui tirar de lá aquilo que já lá estava“, relata.

Pode ouvir a entrevista na íntegra aqui.