“Vencer na Volta a Portugal do Futuro e poder vestir a amarela, acho que não podia ter sido melhor”
Francisco Pereira brilhou na Volta a Portugal do Futuro. Venceu a 2ª etapa e vestiu as camisolas amarela e verde por um dia. O corredor da ABTF Betão Feirense destaca o trabalho incansável do colega de equipa, Miguel Carvalho, crucial para uma prestação que superou as expectativas.
Quatro extraordinários dias é o principal balanço da prestação da equipa ABTF Betão-FEIRENSE na 29.ª edição da Volta a Portugal do Futuro. Com apenas dois jovens em competição, a dupla comandada por Joaquim Andrade alcançou os objetivos a que se propuseram, trazendo para casa uma vitória de etapa com Francisco Pereira, que vestiu num dia a camisola verde dos pontos e, após o triunfo da segunda etapa em Águeda, liderou a camisola amarela por mais um dia, sempre bem escudado por Miguel Carvalho, que se destacou pelo exímio trabalho de apoio ao seu companheiro de equipa.
Depois de alcançar a primeira vitória da época para a ABTF Betão-FEIRENSE, Francisco Pereira assinalou o trabalho do colega de equipa, Miguel Carvalho: “A memória mais importante com que fico dessa vitória é a maneira como o Miguel se entregou a ajudar-me no início dessa etapa. Nunca ninguém me tinha ajudado como ele o fez durante a corrida e vai ficar marcado para sempre. Vencer na Volta a Portugal do Futuro e poder vestir a amarela, acho que não podia ter sido melhor.”
“Cumprimos os objetivos que o chefe definiu, que era vestir a camisola amarela e ainda fizemos um pouco melhor, porque conseguimos vencer uma etapa. Procurámos estar na luta todos os dias e defender a liderança da camisola amarela o melhor possível. O Miguel fez um trabalho incrível e eu dei tudo o que tinha. Infelizmente não deu para segurá-la no final da terceira etapa, mas procurámos desfrutar ao máximo desse dia. No último dia voltámos a procurar estar na luta pela vitória da etapa, com o Miguel a estar novamente incrível. Ele merece mais do que ninguém os parabéns, porque esteve perfeito“, disse Francisco Pereira, que fechou três das quatro etapas no Top 10 [3.º lugar na primeira etapa, 1.º na segunda etapa e 6.º na quarta etapa].
Com um total de 545,6 quilómetros repartidos pelos quatro dias que compuseram a 29.ª Volta a Portugal do Futuro, Miguel Carvalho não teve as melhores sensações à partida nas Caldas da Rainha. “Comecei esta Volta um pouco debilitado, pois estive doente há cerca de duas semanas e ainda tinha alguns sintomas de tosse. Cheguei com más sensações, mas fui melhorando de dia para dia e ajudando o meu colega. No primeiro dia, o Francisco fez uma grande etapa e a partir daí foquei-me a 100 por cento nele. Com ele estivemos um dia de camisola verde, outro de camisola amarela e conseguimos uma vitória de etapa. O balanço é positivo“, destacou o jovem corredor de 20 anos.
Para o diretor desportivo Joaquim Andrade, a prestação da dupla fogaceira na competição tem saldo muito positivo. “Foi uma Volta bastante positiva. Viemos apenas com dois ciclistas e ambos tiveram um comportamento exemplar. No primeiro dia, o Francisco já partiu para o ataque e podia ter alcançado a vitória. Não conseguiu e no segundo dia voltou a tentar, vencendo a etapa e assumindo a liderança da prova. No último dia voltou a estar na discussão da etapa. Saímos também muito satisfeitos com a prestação do Miguel, que deu uma proteção exemplar ao Francisco. Fez um trabalho exemplar, digno de um atleta profissional. Só tenho de dar os parabéns aos dois ciclistas, que tão bem representaram a nossa equipa ABTF Betão-FEIRENSE“, afirmou.
Fotos: João Calado – Podium Events