Três singles já lançados contam a história do início do projeto musical a solo de João Azevedo
João Azevedo vive em Milheirós de Poiares, é músico e cineasta e recentemente decidiu lançar-se num projeto musical a solo, do qual já resultaram três singles. “Crias e Progenitores”, “O Carmo e a Trindade” e “-£10,000” (Menos Dez Mil Libras) são o início de um projeto que quer “chegar até mais pessoas”.
O projeto já estava guardado na gaveta há algum tempo e a pandemia da Covid-19, apesar de não ter sido o motor principal, acabou por dar um “empurrão” para que o músico feirense passasse das ideias à ação. “Há muitas pequenas coisas que me interessam, cantinhos diferentes da música, e então eu queria um projeto, e daí ser a solo e não uma banda, onde pudesse fazer exatamente o que eu que queria“, explica aos microfones da Sintonia.
Mas que influências musicais tem este projeto a solo? João Azevedo reconhece que é difícil dizer, mas destaca o pop e o rock alternativo como referências. O primeiro single, ‘Crias e Progenitores‘, foi lançado em agosto do ano passado e surge depois de João regressar de Londres, onde trabalhou durante dois anos. “Somos cinco lá em casa, mais o cão, mais o gato, mais os avós e somos todos muito ativos. Pensei que havia conteúdo para fazer uma música engraçada, sobre o que é viver em família e voltar a casa depois de já se ter conquistado a independência“, conta.
Em dezembro, surge um novo single, desta vez com uma artista convidada – Yara Mara, a intérprete do tema ‘O Carmo e a Trindade‘. João Azevedo, que interpreta o primeiro single que lançou, aponta que em músicas futuras poderá convidar outros artistas a dar voz ao projeto. “Neste projeto não vejo a necessidade de ser sempre eu a cantar e o objetivo é esse, ir chamando músicos à medida que vou fazendo as músicas. Se uma música pedir um determinado timbre, falo com determinado artista e por aí em diante“, refere João.
Na passada sexta-feira, o músico feirense lançou o mais recente single – “-£10,000″ (Menos Dez Mil Libras), que conta uma história passada em Inglaterra com outros dois amigos. “Durante o dia, a casa onde vivia com dois colegas foi assaltada e, em equipamentos e todas as coisas que foram roubadas, deu um valor total de 10 mil libras. Foi uma desgraça tremenda e nunca se descobriu quem foi. No meio dessa desgraça, ao fim do dia estávamos chateados com tudo o que tinha acontecido e pensei: isto dava uma música engraçada“, relata João. E assim foi. O single já está disponível nas plataformas digitais desde a semana passada e foi ouvido, em primeira mão, na Rádio Sintonia no dia 2 de março.
João Azevedo, que tem também uma forte ligação ao cinema, quer continuar a compor e a produzir músicas, esperando abranger cada vez mais público. “Vou continuar a fazer aquilo que quero musicalmente e espero poder chegar até mais gente, mantendo-me sempre fiel ao material de origem“, afirma, apontando que este projeto a solo pode abrir outras portas, como a criação de bandas sonoras para cinema.
Como se define o projeto musical a solo? João Azevedo responde, em poucas palavras: “É uma coletânea entre ideias que me vão passando pela cabeça e situações que se vão passando na minha vida“.
Pode ouvir a entrevista na Rádio Sintonia na íntegra aqui.