Dia Mundial da Luta Contra o Cancro: “A tendência é evoluir em tratamentos de maior precisão e menor duração, a pensar no controlo da doença e na qualidade de vida”
No Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, que se celebra anualmente a 6 de fevereiro, a Sintonia assinalou a data convidando dois especialista da Atrys – Centro Médico Avançado, que evidenciaram a importância da data mas também a abordagem “inovadora e diferenciadora” que esta unidade, sediada em Santa Maria da Feira, tem no tratamento oncológico. Além da oncologia, este centro médico possui outras especialidades médicas que dão resposta às mais variadas doenças.
Rosa Valinotto e Fernando Costa, especialistas da Atryz – Centro Médico Avançado, estiveram no Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, nos estúdios da Rádio Sintonia. O alerta recente deixado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro sobre o atraso nos diagnósticos da doença é corroborado pelos especialistas, que salientam a importância de assinalar esta data anualmente. “É super importante falar sobre cancro e é super importante ter uma data para falar sobre isto. Esta data foi criada em 2000, com o intuito de chamar a atenção e educar a população para conseguir combater um dos principais desafios de saúde pública“, refere a oncologista Rosa Valinotto, que acrescenta: “Existir esta data é uma forma de as organizações no mundo inteiro falarem a mesma língua e a uma só voz“.
A incidência de cancro tem vindo a crescer nos últimos anos e estima-se que a doença mate, anualmente, 10 milhões de pessoas. Rosa Valinotto afirma que as previsões apontam para que a incidência de novos casos “duplique” entre os próximos 20 a 40 anos. “Quando a Liga Portuguesa ressaltou a dificuldade e atraso dos diagnósticos devido à Coivd-19, isso é um facto“, afirma a oncologista, que acredita que os impactos destes atrasos se vão sentir no próximos anos. “Houve muito atraso nos diagnósticos, os pacientes não chegaram porque tinham medo de ir aos hospitais. Se não chegaram, os diagnósticos não foram feitos e quando finalmente foram realizados, diagnosticaram-se tumores mais avançados“, denota.
“Sabemos de antemão que quanto maior o estadio da doença, mais o diagnóstico é condicionado“, refere o radioncologista Fernando Costa, que aponta que a evolução da ciência e do conhecimento, nos últimos anos, tem permitido “encontrar respostas para estadios mais avançados do cancro“.
“A entrada da Atrys [que em 2020 adquiriu a Lenitudes] veio trazer maior robustez a uma estrutura que já existia”, aponta Fernando Costa, realçando que esta unidade traz “uma nova abordagem ao tratamento oncológico“. Combina técnicas avançadas de diagnóstico de precisão e tratamentos de excelência que se focam não só no controlo da doença, “mas no paciente como um todo“. O plano de cuidados de saúde, afirma o especialista, é “altamente personalizado” e é delineado por uma equipa multidisciplinar que procura “as melhores alternativas“.
“A tendência é evoluir em tratamentos de maior precisão, de menor duração, precisamente a pensar no controlo da doença, mas fundamentalmente na qualidade de vida destes doentes”, destaca o radioncologista, apontando que nota diferenças na abordagem ao tratamento do cancro nos últimos anos. “A evolução principal que noto é que antigamente preocupávamo-nos em tratar a doença e neste momento tratamos o doente“, afirma Fernando Costa, que sublinha que o acompanhamento psicológico é fundamental no processo do tratamento. “Faz parte do acompanhamento dos nossos doentes, procuramos desmistificar o cancro, a palavra em si tem um grande peso e muito estigma e conseguimos que o doente sorria no próprio processo do tratamento“, acrescenta.
Pode ouvir a entrevista na íntegra aqui.