Unidade de internamento em psiquiatria no Hospital S. Sebastião será uma realidade e conta com investimento de 4,5 milhões
A criação da nova unidade de internamento em psiquiatria no Hospital S. Sebastião conta com um investimento superior a 4,5 milhões de euros, através do PRR, e terá 30 camas. A assinatura do contrato de financiamento é, para Miguel Paiva, “um dos mais importantes momentos da história do CHEDV”.
A velha aspiração do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga está mais perto de se concretizar. O contrato que garante este financiamento foi assinado na passada quarta-feira, dia 22 de dezembro, em Lisboa, numa cerimónia presidida pelo Presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), onde foi celebrado o compromisso de investimento com o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV). Através deste investimento, as medidas previstas no programa “Reforma de Saúde Mental” do SNS, estarão concluídas até final de 2026.
Estes investimentos visam a conclusão da cobertura nacional de Serviços Locais de Saúde Mental, nas vertentes de internamento, ambulatório e intervenção comunitária, através da criação de serviços de internamento em unidades hospitalares ainda sem resposta na área de internamento de psiquiatria. O contrato assinado com o CHEDV foi um dos primeiros quatro contratos de execução do PRR a cargo do Ministério da Saúde em todo o país.
O objetivo é eliminar os internamentos de agudos em hospitais psiquiátricos ou em hospitais distantes da área de residência dos doentes» e reduzir para metade os internamentos no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa e no Hospital de Magalhães Lemos, no Porto. A concretização das medidas relativas à Saúde Mental visa garantir que a assistência em internamento psiquiátrico seja realizada em unidades situadas em hospitais gerais, e não em hospitais psiquiátricos, os quais não dispõem das valências médicas e de diagnóstico existentes nos hospitais gerais.
A criação desta unidade, que terá 30 camas, pretende ainda garantir que o internamento ocorre em unidades próximas dos locais de residência dos doentes, acabando com as assimetrias regionais e que o doente recebe os cuidados de psiquiatria no hospital geral da sua área, onde já recebe os cuidados das outras áreas da saúde, evitando a separação entre cuidados físicos e cuidados psiquiátricos.
“A assinatura deste contrato passou a figurar como um dos mais importantes momentos da história do CHEDV. Em primeiro lugar porque este é o maior investimento feito na instituição depois da construção do Hospital de S. Sebastião. Em segundo lugar porque corresponde à continuação de uma estratégia de desenvolvimento da resposta na área da saúde mental, na qual nos temos diferenciado em todas as áreas do ambulatório e à qual faltava a resposta de internamento. Finalmente, porque vamos conseguir que o SNS assuma, nesta região, a resposta plena numa área tão crítica como é a da saúde mental, permitindo que os doentes e as famílias que aqui vivem tenham acesso a cuidados adequados às suas necessidades, sem precisarem de se deslocar ao Porto“, refere o presidente do conselho de administração do CHEDV, Miguel Paiva.