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Quinta-feira, Novembro 21, 2024
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“Cuidar da nossa saúde mental significa que queremos ser mais saudáveis”

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Ricardo Vasques Diogo, Comissário da PSP de Santa Maria da Feira, (nos estúdios) e Maria Palha, Psicóloga, Especialista em Terapia pela Arte, Teatro do Oprimido e Empreendedorismo Social, (por telefone) participaram no debate em torno do tema ‘Intervenção na Crise: Primeiros Socorros Psicológicos’

“Cuidar da nossa saúde mental significa que queremos ser mais saudáveis e não que estamos doentes”, apontou a psicóloga Maria Palha no último debate sobre saúde mental em torno do tema ‘Intervenção na Crise: Primeiros Socorros Psicológicos’.

Em “momentos de crise”, como o que atualmente se vive com a pandemia, importa, diz a psicóloga Maria Palha, “trazer para a luz algo que normalmente fica na sombra e que não se vê, ou seja, a saúde mental”. É este o principal propósito do programa ‘Falar (sobre)tudo na Rádio’, uma iniciativa do Fórum Social da União de Freguesias de Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo, em parceria com o serviço de psiquiatria do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga.

No mês de junho, o debate, que conta com o apoio da Rádio Sintonia e do Município de Santa Maria da Feira, girou em torno de “Intervenção na Crise: Primeiros socorros psicológicos”, contando com a presença da psicóloga, Maria Palha, e do Comissário da PSP de Santa Maria da Feira, Ricardo Vasques Diogo.

“Quanto mais falarmos sobre isto [saúde mental], mais alerta as pessoas ficam e mais conscientes ficam do que precisam de fazer. Muitas vezes, e não é só em Portugal, o que sinto é que ainda há um enorme preconceito em relação a este tema e medo das pessoas”, refere a psicóloga, Maria Palha.

Ricardo Vasques Diogo considera que a pandemia veio acentuar debilidades nesta área. “A saúde mental é uma das fragilidades que encontramos na população e na nossa atuação policial temo-nos deparado com algumas situações de debilidade”, começa por dizer. “Deparamo-nos que as pessoas estão frágeis, emocionalmente e não só, e isso leva a quebras psicológicas. O que se nota é que muitas das vezes os cuidadores das pessoas que têm anomalias também estão a quebrar, porque estiveram este tempo todo isolados, sem contacto com outras pessoas e neste momento também esses próprios cuidadores estão a precisar de algum apoio ou de algum cuidado”, afirma.

Neste debate em torno dos “Primeiros socorros psicológicos” desconstruímos este conceito. “É um protocolo de intervenção preventiva, o que significa que qualquer pessoa o pode fazer, tem é que saber as linhas orientadoras”, aponta Maria Palha. “É importante que sejam implementados numa fase inicial, onde as pessoas ficam a saber o que se passa, quais os sinais de alerta, quando é que devem pedir ajuda”, refere a psicóloga. “Cuidar da nossa saúde mental significa que queremos ser mais saudáveis e não que estamos doentes”, complementa.

Pode ouvir o programa na íntegra aqui.

Falar (sobre)Tudo na Rádio – Programa (30/06/2021) – com Maria Palha e Ricardo Vasques Diogo

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