“Cuidar da nossa saúde mental significa que queremos ser mais saudáveis”

“Cuidar da nossa saúde mental significa que queremos ser mais saudáveis”

Ricardo Vasques Diogo, Comissário da PSP de Santa Maria da Feira, (nos estúdios) e Maria Palha, Psicóloga, Especialista em Terapia pela Arte, Teatro do Oprimido e Empreendedorismo Social, (por telefone) participaram no debate em torno do tema ‘Intervenção na Crise: Primeiros Socorros Psicológicos’

“Cuidar da nossa saúde mental significa que queremos ser mais saudáveis e não que estamos doentes”, apontou a psicóloga Maria Palha no último debate sobre saúde mental em torno do tema ‘Intervenção na Crise: Primeiros Socorros Psicológicos’.

Em “momentos de crise”, como o que atualmente se vive com a pandemia, importa, diz a psicóloga Maria Palha, “trazer para a luz algo que normalmente fica na sombra e que não se vê, ou seja, a saúde mental”. É este o principal propósito do programa ‘Falar (sobre)tudo na Rádio’, uma iniciativa do Fórum Social da União de Freguesias de Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo, em parceria com o serviço de psiquiatria do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga.

No mês de junho, o debate, que conta com o apoio da Rádio Sintonia e do Município de Santa Maria da Feira, girou em torno de “Intervenção na Crise: Primeiros socorros psicológicos”, contando com a presença da psicóloga, Maria Palha, e do Comissário da PSP de Santa Maria da Feira, Ricardo Vasques Diogo.

“Quanto mais falarmos sobre isto [saúde mental], mais alerta as pessoas ficam e mais conscientes ficam do que precisam de fazer. Muitas vezes, e não é só em Portugal, o que sinto é que ainda há um enorme preconceito em relação a este tema e medo das pessoas”, refere a psicóloga, Maria Palha.

Ricardo Vasques Diogo considera que a pandemia veio acentuar debilidades nesta área. “A saúde mental é uma das fragilidades que encontramos na população e na nossa atuação policial temo-nos deparado com algumas situações de debilidade”, começa por dizer. “Deparamo-nos que as pessoas estão frágeis, emocionalmente e não só, e isso leva a quebras psicológicas. O que se nota é que muitas das vezes os cuidadores das pessoas que têm anomalias também estão a quebrar, porque estiveram este tempo todo isolados, sem contacto com outras pessoas e neste momento também esses próprios cuidadores estão a precisar de algum apoio ou de algum cuidado”, afirma.

Neste debate em torno dos “Primeiros socorros psicológicos” desconstruímos este conceito. “É um protocolo de intervenção preventiva, o que significa que qualquer pessoa o pode fazer, tem é que saber as linhas orientadoras”, aponta Maria Palha. “É importante que sejam implementados numa fase inicial, onde as pessoas ficam a saber o que se passa, quais os sinais de alerta, quando é que devem pedir ajuda”, refere a psicóloga. “Cuidar da nossa saúde mental significa que queremos ser mais saudáveis e não que estamos doentes”, complementa.

Pode ouvir o programa na íntegra aqui.

Falar (sobre)Tudo na Rádio – Programa (30/06/2021) – com Maria Palha e Ricardo Vasques Diogo