A cinco anos do centenário, o Clube Desportivo Arrifanense ganha um novo fólego, com trabalho técnico de excelência, ao nível do Futebol de 11 e no Futebol de 7. Pedro Santos, já foi coordenador do Feirense e da Sanjoanense, Rui Xavier, antigo jogador profissional de referência em Terras de Santa Maria até aos 30 anos, e João Guimarães, já trabalhou na Academia do Sporting, dão voz às ambições de um emblema histórico, em Sintonia de Ataque, na Águia Azul, a Sintonia que é voz da região. O mote é dado, em direto, por Pedro Santos, também ele jogou Futebol na Sanjoanense. Como infantil e até júnior de primeiro ano.
A identidade do Arrifanense faz-se com o trabalho no presente. Envolver centenas de jovens, fazer bem, treinar bem, treinar com paixão, com alma, com garra, são propósitos assumidos por Pedro Santos. Fala, com alegria, de Rui Xavier, durante anos jogador de referência.
Rui Xavier chegou recentemente ao Arrifanense e gosta do que encontrou. Nos dias que correm, como coordenador do Futebol de 11, admite que não é fácil “tanto mais que foram muitos anos lá dentro, a jogar, a viver o jogo, nos relvados e pelados.”
Coordenador do Futebol de 7, João Guimarães acentua a importância de trabalhar com os melhores, ao nível do trabalho técnico, e do próprio recrutamento de jogadores. “Queremos envolver todos, todos os jovens que gostam de Futebol na nossa região.” Ter trabalhado na Academia do Sporting, ajudou, porque “ali a palavra rigor, a palavra paixão representam muito, todos os dias.”
Em Sintonia de Ataque, a perspetiva de dirigente. Carlos Calóca está na direção do Arrifanense há 9 anos.
Com 95 anos, o Arrifanense é dos mais históricos de Portugal. Há cerca de 12 temporadas atrás, tinha a equipa senior na II Divisão Nacional, ao lado do Feirense e do Sporting Clube de S. João de Ver. Como “só os museus vivem do passado, estamos a dar passos precisos, no sentido de recuperar a grandeza deste clube, que aprendemos a amar.”
No estúdio da Águia Azul, a Sintonia Feirense, Pedro Santos dá voz a um projeto “inovador na região, no sentido de envolver os jovens.”
Apoio escolar, ATL e transporte, são pilares essenciais para os responsáveis do Arrifanense, para que centenas de jovens joguem e evoluam na vila de Arrifana, no emblema que comemora, este ano, 95 anos de vida.
“Querer muito é poder”, cantam os Xutos e Pontapés. Rui xavier é de opinião que o querer muito “faz mesmo a diferença, faz mesmo tornar real.”
O remate final, na primeira parte de Sintonia de Ataque, foi dado por Rui Xavier e por Calóca, sempre com o Arrifanense em destaque.
O “foco, a atitude do jogador são fundamentais rumo ao sucesso”, explica João Guimarães.
Este trabalho inicial, no Futebol de 7, “é difícil, mas com o tempo vamos conseguir segurar os jogadores. Eles já não sentirão vontade de mudar para a Sanjoanense, para o Feirense, ou para a Oliveirense.”
Hoje, o Futebol “está diferente. Faltam aquela garra, aquele bairrismo, estádios cheios”, observa Rui Xavier.
Fazer com “qualidade e mostrar o trabalho feito é essencial. A Comunicação é cada vez mais importante. Nesse sentido, estamoa a criar um site”, releva Pedro Santos, na Águia Azul, a Sintonia que dá voz aos clubes da região.
“Claro que é sempre mais fácil trabalhar com os melhores, mas nós queremos todos os jogadores. Todos têm oportunidade no Arrifanense”, garante João Guimarães.
Xavier aborda o exemplo do Futebol Clube de Arouca. Há poucos anos atrás andava nos Distritais e agora está às portas da Liga Europa. “Se a I Liga terminasse agora, o Arouca estava na Liga Europa.” Mérito, principalmente, de um homem.
Na segunda parte de Sintonia de Ataque, sempre às segundas, das 19 horas às 20 horas, Rodrigo Nunes, presidente do Feirense, abordou o momento atual do Arrifanense, um clube que “me diz muito, porque passo muito tempo em Arrifana.”